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7 dicas para não dar férias ao Aedes aegypti

O enfrentamento ao Aedes é uma tarefa contínua e coletiva, fundamental para evitar focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, uma vez que cerca de 80% dos criadouros estão em residências. Durante períodos mais quentes, em especial, é fundamental redobrar os cuidados.

De acordo com balanço inédito realizado pela Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), em média, 2.5 criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya são encontrados em cada residência do Estado de São Paulo.

Em 2020, até 12 de agosto, foram confirmados 184.505 casos de dengue no Estado, com 115 óbitos. Em 2019 foram 411.088 casos e 274 mortes. Como ainda ocorre a circulação do tipo 2 do vírus da dengue, mesmo quem já teve dengue tipo 1, por exemplo, está suscetível a infecções, o que pode impactar nos números de casos e até mesmo na ocorrência de quadros clínicos mais graves.

Também neste ano, SP confirmou 69 casos de chikungunya e 13 de zika até o momento. Em todo o ano de 2019, foram 315 e 81, respectivamente, sem óbitos nesses períodos.

Conforme diretriz do SUS (Sistema Único de Saúde), o trabalho de campo para combate ao  mosquito Aedes aegypti compete primordialmente aos municípios. O Estado presta apoio técnico, coordena ações e capacitações e com diagnóstico. O enfrentamento ao Aedes é uma tarefa contínua e coletiva, fundamental para evitar focos do mosquito, uma vez que cerca de 80% dos criadouros estão em residências.

Segundo o pesquisador Lincoln Suesdek é fundamental redobrar os cuidados. “Percebemos que o patrimônio genético do mosquito é bem rico e dinâmico, ou seja, a espécie tem grande potencial para sofrer alterações. Isso sugere que eles são muito versáteis em explorar novos ambientes e, possivelmente, contornar as nossas tentativas de eliminá-los”, fala.

Verificar periodicamente o acúmulo de água em vasos e bacias, manutenção nas piscinas, são cuidados que devem ser mantidos durante todas as estações do ano. “A contaminação é mais rara, mas pode acontecer sim”, alerta o médico Moisés Goldbaum.

É importante também conversar e mobilizar amigos, vizinhos e colegas de trabalho sobre os perigos do mosquito. Dá uma olhada nas dicas que preparamos para você não dar férias ao Aedes aegypti.

1. Vede a caixa d’água, galões, poços e tambores

2. Não deixe garrafas, potes, baldes e pneus ao relento. Se esses itens precisarem ficar na área externa, cubra-os ou vire a boca para baixo

3. Tire os pratinhos das plantas ou coloque um que seja justo ao tamanho do vaso

4. Se tiver piscina, tampe-a

5. Abaixe a tampa do vaso sanitário

6. As bandejas do ar-condicionado, geladeira e quaisquer eletrodomésticos devem estar secas

7. Antes de sair em viagem, faça uma faxina completa na casa e elimine qualquer possível criadouro