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Alimentação equilibrada é o segredo para combater a gastrite

Quem sofre de gastrite, convive sempre com o medo de comer algo que lhe faça mal. É, sim, verdade que a seleção de alimentos que devem ser evitados é grande. Mas isso não quer dizer que come mal quem tem a doença.

Bebidas alcoólicas, refrigerantes, chocolates e achocolatados, alimentos que contém cafeína, como o café e o chá mate, e produtos picantes e muito condimentados são alguns alimentos da lista que dá medo em quem tem gastrite.

Outros vilões para pessoas diagnosticadas com gastrite são os alimentos gordurosos. “Como a digestão destes alimentos é mais demorada, prejudica mais ainda o órgão inflamado”, explica a nutricionista Karin Klack, da Divisão de Nutrição e Dietética do Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP.

Alimentos gordurosos não são apenas frituras. “Há muita gordura presente em bolachas recheadas ou amanteigadas, cortes de carnes com muita gordura, assim como os embutidos e até mesmo as aves”, explica ela. “Não é porque o frango é uma carne branca que está ausente de gordura. Partes como a coxa e a asinha são exemplos a serem evitados”.

A receita da avó nem sempre é a indicada

Antigamente, era comum as avós e mães indicarem um copo de leite frio na hora da queimação. A Doutora Karin, no entanto, recomenda que não é bom tomá-lo sozinho e muito menos gelado. “O leite pode melhorar a sensação de queimação nos primeiros trinta minutos, mas o quadro pode piorar a partir do momento que ele começa a fermentar dentro do estômago”, comenta ela. “Outro ponto é que as pessoas com problemas gástricos devem consumir os alimentos sempre em temperatura morna, nunca muito quente, nem muito gelado”.

Apesar de muita gente recorrer a ele, outro mito desmistificado é o suco feito da batata. Não há estudos científicos que comprovam sua eficiência. “O melhor jeito de tratar e prevenir a gastrite ainda é manter um peso adequado e manter uma vida saudável”.

A nutricionista dá algumas dicas valiosas, cientificamente comprovadas:

– Mantenha uma alimentação balanceada, com o máximo de alimentos in natura;

– Coma devagar, mastigando bem;

– Não fique muito tempo em jejum. O recomendando é fazer de cinco a seis refeições ao dia, sempre em porções reduzidas e em um intervalo de três horas;

– Evite tomar líquido junto com as refeições;

– Pratique atividades físicas, sempre com acompanhamento médico.