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Amamentar faz bem tanto para o bebê como para a mãe

Considerado o alimento mais completo e equilibrado que existe, o leite materno oferece uma série de benefícios nutricionais para os bebês e, por este motivo, deve ser consumido de forma exclusiva durante os seis primeiros meses de vida, recomenda a Organização Mundial da Saúde.

“A doação é de extrema importância para o bebê internado em unidade neonatal, por exemplo, contribuindo para progressão mais rápida da dieta, redução do tempo de internação, menor risco de problemas oculares e pulmonares, entre outros pontos positivos”, explica a coordenadora do Banco de Leite Humano do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, Andrea Spinola.

“Após este período (seis meses iniciais de vida), ele, sozinho, acaba não sendo mais suficiente, e a alimentação deve ser complementada com frutas e papinhas; a OMS recomenda, ainda, que seja mantido entre as refeições até dois anos ou mais”, explica a médica pediatra e neonatologista Valdenise Tuma Calil.

Além de nutrir, a primeira fonte alimentar se sobressai por proporcionar inúmeros fatores de defesa que auxiliam na prevenção de infecções, em especial diarreia e doenças respiratórias.

O aleitamento também colabora para a formação do sistema imunológico das crianças, favorece o desenvolvimento motor-oral e cerebral e reduz o risco de obesidade e de doenças alérgicas, cardíacas, autoimunes e crônicas, como hipertensão arterial, hipercolesterolemia e diabetes dos tipos 1 e 2.

Saudável para as mamães

A amamentação também ajuda a aumentar o vínculo afetivo entre a mãe o filho, o que contribui para o bem-estar dos dois e para a sensação de realização das mulheres, minimizando, inclusive, as chances de depressão pós-parto.

O aleitamento ainda pode fazer com que a sua perda de peso se torne mais rápida, pois o gasto de energia é maior, e reduzir os riscos de desenvolver doenças como diabetes tipo 2 e cânceres de ovário e de mama.

Diante disso, para não prejudicar a produção láctea, alguns cuidados são essenciais. A tensão e o cansaço pós-parto podem atrapalhar a liberação do leite. Assim, é de suma importância contar com o auxílio e o apoio dos pais e familiares, bem como descansar nos intervalos das mamadas e manter-se relaxada e tranquila.

Já para as mulheres que produzem bastante quantidade, é necessário esvaziar as mamas, pois deixá-las muito cheias também pode ser prejudicial e reduzir a produção. Para isso, a doação de leite é uma excelente alternativa.

Além de garantir a manutenção da secreção desse alimento natural, gratuito, e que faz tão bem ao bebê, é possível ajudar outras mães que não conseguem amamentar os seus filhos. Orientações sobre a doação e serviços de Banco de Leite e Postos de Coleta podem ser consultadas em: www.rblh.fiocruz.br.

Como doar

Tornar-se doadora é muito simples. Se a mulher é saudável, está amamentando seu bebê e sobra leite nas mamas, ao invés de desprezar o excedente, pode contribuir com as mães que não têm leite suficiente. Para doar, basta seguir as normas higiênico sanitárias para coleta de leite humano, coletar em recipiente de vidro esterilizado, armazenar em congelador por até 15 dias, ligar para o banco de leite humano mais próximo de sua residência. A lista completa pode ser consultada no site http://www.redeblh.fiocruz.br.