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Artigo: Protejam seus filhos contra a pólio

Por: David Uip

O programa de imunizações da rede pública de saúde brasileira é reconhecido mundialmente como exemplo pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Por meio de vacinações em massa, o país vem erradicando e controlando doenças como raiva humana, sarampo e difteria.

O caso mais emblemático desse sucesso é o da paralisia infantil. No último dia 15 de agosto começou a 36ª campanha de vacinação contra a poliomielite, voltada a crianças entre seis meses de idade e cinco anos incompletos.

Graças a essas campanhas, realizadas anualmente, o Estado de São Paulo não registra nenhum caso de pólio há 27 anos. Mas é importante seguir vacinando nossas crianças, porque o poliovírus selvagem ainda circula em países da África e da Ásia.

São duas gotas da famosa vacina Sabin. Não dói e, o mais importante, protege contra uma doença que traz sequelas graves, lesões que afetam o sistema nervoso e causam paralisia irreversível, atingindo mais comumente os membros inferiores.

Por isso é fundamental que pais e responsáveis levem as crianças até o próximo dia 31 de agosto ao posto de saúde mais próximo, para receber uma dose da vacina, que é extremamente segura e tem uma taxa de eficácia em torno de 95%. Por ser feita de vírus vivo atenuado, a única contraindicação da vacina é para crianças imunodeprimidas em tratamento de quimioterapia.

Em São Paulo, a Secretaria de Estado da Saúde pretende imunizar, durante a campanha, 2,3 milhões de crianças, o que representa 95% do público-alvo. Para isso foram mobilizados mais de 39 mil profissionais de saúde, que atuarão nos postos fixos e volantes distribuídos por todo o território paulista, além dos 2.577 veículos, trinta ônibus, quatro barcos e outros transportes que visam facilitar o acesso à população. As unidades funcionarão das 8h às 17h.

Além da dose contra a paralisia infantil, as crianças que forem levadas aos postos de saúde também poderão receber eventuais vacinas em atraso do calendário da rede pública. Por isso é fundamental levar a carteira de vacinação. Nos postos serão aplicadas, caso necessário, doses contra doenças como rotavírus, caxumba, rubéola, sarampo, catapora, tétano, difteria, hepatites e meningites, entre outras.

A rede pública de saúde de São Paulo está preparada e mobilizada para receber as crianças nos postos, e conta com o imprescindível apoio de pais e responsáveis para que esta campanha seja, novamente, um sucesso.

David Uip, médico infectologista, é secretário de Estado da Saúde de São Paulo