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Estudo aponta câncer de estômago como o sexto mais popular entre mulheres brasileiras

Um estudo produzido pelo Inca (Instituto Nacional do Câncer) que estima a incidência do câncer no Brasil aponta que o câncer de estômago será o sexto tipo mais comum da doença entre as mulheres no biênio de 2018-19. São projetados 7.750 novos casos do câncer entre o público feminino. Em 2015, o número de óbitos pela doença foi de 5.132.

De acordo com a chefe de oncologia clínica do Icesp (Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), Maria Del Pilar Estevez Diz, o aumento da incidência do câncer de estômago está associado a hábitos dos novos tempos.

“Ele está relacionado à uma dieta mais contemporânea, onde há um consumo excessivo de alimentos muito conservados e ultraprocessados, com altos níveis de gordura e baixa ingestão de fibras”, explica ela.

No mundo, atualmente, o câncer de estômago é o quinto tipo com mais incidências entre as mulheres.

Prevenção

Segundo a chefe de oncologia clínica do Icesp, a melhor maneira de prevenção é manter hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada rica em fibras e alimentos pouco gordurosos e menos processados, não fumar e beber pouco ou nada.

É importante o paciente procurar um médico ao observar alguns sinais. “Alterações intestinais, como diarreia permanente, alternação de diarreia com constipação ou sangramento nas fezes, assim como dor persistente e dificuldade em se alimentar devem ser motivos para procurar um profissional”, comenta Maria Del Pilar.

A relação com a obesidade

A obesidade e o excesso de peso também estão diretamente associados a este tipo de câncer, como confirma pesquisa realizada pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Por isso, além de uma alimentação saudável, é imprescindível manter uma rotina com atividades físicas.

“Com a prática do esporte, a reincidência da doença é minimizada em virtude do aumento da resistência física, que influencia na melhora do sistema imunológico para trabalhar no combate ao desenvolvimento de doenças”, explica Christina May Moran de Brito, Coordenadora Médica do Serviço de Reabilitação do Icesp.

Uma dica aos sedentários é investir pelo menos 30 minutos diários em exercícios físicos. Para Victor Matsudo, coordenador do Programa Agita São Paulo e diretor-científico do CELAFICS (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul).