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Chegada do verão aumenta registros de acidentes com animais aquáticos

A chegada do verão e das férias aumenta a procura de ambientes aquáticos, como praias. Apesar de toda a diversão que esses lugares oferecem, é importante tomar alguns tipos de cuidados, como, por exemplo, com o contato com animais marinhos e fluviais. Não à toa, o início do ano é marcado por notícias de acidentes com animais aquáticos.

Os problemas mais comuns ocorrem com piranhas (em lagos e represas de todos os estados do Brasil), águas-vivas e caravelas (com maior freqüência em banhistas de Santa Catarina e Paraná, mas também observados em todos as cidades litorâneas, atingindo centenas de milhares de banhistas nos períodos de veraneio da região Sul) e, recentemente, com bagres atirados nas praias por pescadores.

O especialista em acidentes com animais aquáticos e professor da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB|Unesp) Vidal Haddad Jr elaborou um material que tem a finalidade de alertar e esclarecer os riscos e cuidados que os banhistas devem ter no verão.

“Um em cada 1000 acidentes ou atendimentos de urgência em cidades litorâneas é causado por animal marinho. Os animais que podem provocar acidentes nas praias são os ouriços-do-mar, as águas-vivas e caravelas e alguns peixes venenosos como os bagres e, mais raramente, as arraias e os peixes-escorpião. Outros peixes podem causar traumatismos graves, como os tubarões ou moréias, em situações ainda mais raras”, explica Haddad Jr.

Acidentes com água-viva, por exemplo, são relativamente comuns, principalmente no litoral paulista. “O acidente deixa linhas avermelhadas muito dolorosas, correspondentes aos tentáculos dos bichos. A dor é instantânea e violenta”, explica o professor. “Deve-se retirar os tentáculos ainda aderidos sem usar as mãos nuas e se fazer compressas de água do mar gelada ou aplicar cold-packs (gelo artificial) sobre um pano para não entrar em contato direto com a pele. A água doce gelada piora o quadro! Banhos com vinagre ajudam a inativar o veneno. Caso haja falta de ar ou batedeiras é importante procurar um hospital”.