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Congresso em SP discute desafios no enfrentamento das DSTs e Aids

São esperados mais de 2.500 participantes nas mais de 250 palestras do evento 

No próximo domingo, 17 de maio, terá início o X Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis e VI Congresso Brasileiro de Aids – DST, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. O evento, que ocorre entre os dias 17 e 20 de maio, foi organizado pela Sociedade Brasileira de DST-SP, com apoio da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. Serão mais de 250 palestras de pesquisadores e profissionais da área da saúde de todo país, além de ativistas do campo da Aids e direitos humanos. Estima-se a presença de 2.500 participantes.

Segundo o presidente do evento e interlocutor de DST/Aids do programa estadual de DST/Aids-SP, o médico Valdir Monteiro Pinto, o congresso foi pensado e concebido para contemplar todas as vertentes das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e HIV/Aids, tanto nos aspectos médicos epidemiológicos quanto psicossociais. Os focos principais do evento são as expectativas das equipes multidisciplinares que atuam na prevenção, no manejo e no controle das doenças e a procura de respostas positivas aos anseios dos indivíduos, dos grupos populacionais mais vulneráveis e da sociedade civil.

“Durante o encontro será possível discutir propostas atuais em termos de tratamento e estratégias de prevenção no campo das DST e Aids, como a profilaxia pré-exposição (PrEP), a profilaxia pós-exposição (PEP). Além da importância da testagem e o tratamento como prevenção”, afirma Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual DST/Aids-SP.

DST E AIDS EM NÚMEROS

Para a Organização Mundial da Saúde cerca de 500 milhões de pessoas no mundo se infectam anualmente com gonorreia, sífilis, clamídia e tricomona. Dessas, de 75% a 80% dos casos podem ser assintomáticos. São doenças facilmente tratáveis, mas é preciso permitir o acesso ao diagnóstico.

Em 2013, no estado de São Paulo, a taxa de incidência de sífilis congênita foi de 3,9 casos para cada mil nascidos vivos e a taxa de incidência de casos de infecção pelo HIV por transmissão vertical foi de 0,1 caso a cada 1.000 nascidos vivos. No último estudo realizado no Estado, em  2006, a taxa de transmissão vertical foi de 2,7 crianças HIV para cada 100 mães HIV positivas. Apesar das medidas de intervenção para evitar a transmissão vertical do HIV e da sífilis estarem disponíveis em todos os serviços de atenção à saúde da gestante, da puérpera e da criança, uma série de fatores sociais, políticos, econômicos e individuais podem dificultar o acesso desta população a estas medidas, contribuindo para a ocorrência de casos por esta via de transmissão em populações com maior vulnerabilidade.