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Conheça o trabalho realizado pelo Laboratório Especial de Desenvolvimento de Vacinas do Butantan

“Este laboratório assumiu a função de trabalhar entre a pesquisa básica e a produção. Aqui, desenvolvemos novos produtos ou modificamos processos que já existiam para aperfeiçoar o rendimento e a qualidade deles”. É assim que a química Luciana Cezar de Cerqueira Leite define a missão do Laboratório Especial de Desenvolvimento de Vacinas (antigo Centro de Biotecnologia), conduzido por ela desde seu início, em 2016.

Junto com uma equipe de aproximadamente 50 colaboradores, entre estudantes e pesquisadores, são desenvolvidos importantes projetos de pesquisa relacionados a doenças como coqueluche, pneumonia, meningite, leptospirose, esquistossomose (mais conhecida como barriga d’água) e tuberculose, além de câncer de bexiga.

“O Laboratório Especial de Desenvolvimento de Vacinas atua com a pesquisa básica, a pesquisa aplicada e o desenvolvimento de novos produtos”, conta Luciana. “Trabalhamos com a missão de identificar e desenvolver produtos que sejam importantes para a saúde pública, levando-os em direção à sua produção para a população”.

O Laboratório Especial de Desenvolvimento de Vacinas foi criado em 2016 e derivou de uma estruturação do Centro de Biotecnologia, atuante por mais de 30 anos no Instituto. Ao todo, possui cerca de 50 colaboradores. Além dos pesquisadores e colaboradores de diferentes áreas, há muitos estudantes de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado.

Um dos trabalhos desenvolvidos pelo Laboratório é a vacina contra a gripe. “Todas as nossas vacinas são seguras e certificadas pela Anvisa. Mas sabemos que tem aumentado a hesitação da população com relação à imunização de modo geral e esse monitoramento é mais um recurso que temos para demonstrar a segurança, não só da vacina da gripe, mas de todos os nossos produtos. É um cuidado a mais que tomamos pela responsabilidade e compromisso que temos com a saúde pública e contamos com a ajuda da população, inclusive, para melhorar a disponibilização”, afirma o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas.

Pesquisa sobre vacina em aerosol contra pneumonia

Uma nova pesquisa feita no Butantan, que pretende desenvolver uma vacina inalatória contra a pneumonia, teve início em 2018, com enorme repercussão na mídia. A futura vacina, de acordo com as expectativas dos pesquisadores, também deverá ser mais barata, eficiente e prática do que as vacinas disponíveis hoje no mercado.

O projeto faz parte de um acordo bilateral entre Brasil e Grã-Bretanha, com o apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), do British Research Council e o envolvimento da Universidade John Moores (Liverpool) e o Hospital de Doenças Tropicais (Liverpool) e a empresa irlandesa Aerogen, que é especializada em aerosois.

O estudo tem acontecido em duas frentes: no Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas, sob a liderança da pesquisadora Viviane Maimoni Gonçalves, e no Laboratório de Bacteriologia, com a pesquisadora Eliane Namie Miyagi à frente. A pesquisa tem três anos para ser concluída e somente depois disso, a vacina poderá ser testada em humanos.