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Cozinha experimental do Lucy Montoro motiva pacientes a fazerem suas próprias refeições

O Instituto de Reabilitação Lucy Montoro (IRLM) ganhou no mês de outubro, uma cozinha experimental. No novo espaço, a instituição oferecerá ao paciente em reabilitação a possibilidade de exercitar a atividade de cozinhar alimentos.

O projeto foi idealizado pela coordenadora de Terapia Ocupacional do instituto, Vivian Barboza Vicente, e pela coordenadora de Nutrição, Fernanda Simões de Andrade e Silva. “Uma das maiores queixas após as lesões é não conseguir mais preparar a própria refeição”, relata Vivian. “Com essa cozinha, que sofreu adaptações feitas pelos terapeutas ocupacionais, conseguimos viabilizar a retomada dessa atividade pelo paciente.”

Instalada no primeiro subsolo do Instituto, o espaço receberá oficinas conjuntas dos serviços de Terapia Ocupacional e de Nutrição, além de projetos individuais, com o intuito de promover a educação nutricional por meio de receitas culinárias. As primeiras atividades envolveram a preparação de receitas com sal de ervas, visando a redução de sódio. Todos os pacientes internados tiveram a oportunidade de produzir seu próprio sal de ervas e receberam a receita com o passo-a-passo, para ser compartilhada com familiares e amigos. Os pacientes e acompanhantes do Ambulatório Infantil prepararam bolo de caneca e, dessa forma, viram que é possível assar rapidamente um bolo caseiro, evitando as opções prontas, que são ultraprocessadas.

A cozinha também receberá oficinas para pacientes disfágicos, com dificuldade na deglutição. Eles poderão desenvolver e preparar, com apoio da nutricionista, receitas de sua preferência, mas com a consistência indicada pela equipe de Fonoaudiologia.

Além de atividades voltadas aos pacientes da Internação e do Ambulatório Infantil, o espaço receberá oficinas para colaboradores. Atualmente, eles participam do programa Cozinha em Ação, com aulas mensais do nutricionista Luiz Henrique Barroso voltadas à preparação de receitas saudáveis. No programa de outubro, foi a vez do brigadeiro de biomassa de banana verde. O projeto tem capacidade para a participação de 20 colaboradores em cada edição e está aberto a sugestões dos participantes. A ideia é que, ao longo de 2020, alguns colaboradores possam apresentar e preparar suas receitas preferidas com sugestões do nutricionista para torná-las mais saudáveis.

“Estamos muito satisfeitos, pois esse espaço leva o paciente a buscar maior autonomia em suas atividades cotidianas”, celebra a nutricionista Fernanda Andrade. “Além disso, as vivências práticas proporcionadas nessa cozinha devem levar a uma maior adesão às orientações nutricionais, da Fonoaudiologia e da Terapia Ocupacional.”