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Chocolate deve ser consumido com moderação pelas crianças na Páscoa

Cada ano que passa, novos formatos, cores e sabores de ovos de chocolate são criados, o que desperta ainda mais a atração das crianças pela guloseima durante a Páscoa. Mas a tentação em devorar deve ser contida. Os pais devem ser responsáveis por controlar a vontade dos pequenos para evitar complicações de saúde maiores.

O segredo é a moderação. “O chocolate é rico em calorias e gorduras saturadas, e se consumido em grande quantidade, pode elevar os níveis de colesterol e, consequentemente, aumentar o risco de doenças cardiovasculares e ganho de peso”, explica a nutricionista Maíra Branco Rodrigues, do Instituto da Criança Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Não é recomendável a ingestão do doce para crianças menores de dois anos. A partir dessa idade, a porção recomendada é de 55 kcal por dia. Tendo em vista que um ovo de Páscoa médio tem 100 g (em torno de 560 kcal), o doce deve durar até dez dias.

Amargo é melhor. Os benefícios nutricionais do chocolate estão ligados ao teor do cacau. Apesar das crianças preferirem o chocolate ao leite por ser mais doce, o chocolate amargo é o ideal para o consumo. Em seguida, dê preferência ao meio amargo. Já o chocolate branco não é recomendando por não conter cacau.

Fuja dos chocolates recheados. Cada vez mais na moda entre os produtores, os ovos de Páscoa recheados contém maior quantidade de açúcares e gorduras.

Avalie os ingredientes do produto.Os ingredientes aparecem listados nos rótulos dos produtos em forma decrescente, a partir do que está presente em maior quantidade para o menor. Observar a lista pode facilitar a avaliação da proporção de ingredientes como cacau e gorduras. Olhar a tabela nutricional também contribui para a seleção do ovo com menor quantidade de calorias, especialmente em relação às gorduras totais e trans. Os pais com crianças alérgicas a alimentos ou doença celíaca devem fazer a leitura cuidadosa dos rótulos para evitar contaminação cruzada (quando o produto contém pequenas quantidades do item causador de alergia por contaminação acidental no processo de produção). É recomendável optar por produtos especialmente formulados para as restrições como os sem glúten, à base de soja ou alfarroba.

Nem só de chocolate se faz a Páscoa. O período festivo é também época de comer e descobrir a variedade de peixes que temos. “É preciso respeitar os horários das refeições e a qualidade da alimentação. Oferecer alimentos com menor teor de gordura, restringir outros doces e aumentar a oferta de frutas e hortaliças ajudam a equilibrar a alimentação. Quando existem exageros na ingestão de qualquer alimento, os demais grupos alimentares que devem ser consumidos são esquecidos”, explica a nutricionista Lenycia Neri, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.