Pular para o conteúdo

Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP promove seminário sobre combate à sífilis

O seminário “Vamos achar uma solução para sífilis” abrangeu uma série de palestras com pesquisadores, acadêmicos e médicos durante a Jornada do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias. O seminário foi realizado no dia 30 de outubro, no Instituto Oscar Freire, com o intuito de encontrar caminhos para o combate à doença, que vem aumentando no país.

De acordo com o Professor Valdir Sabbaga Amato, do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP, “a divisão de Infectologia da FMUSP realiza eventos como esse duas vezes por ano, um em cada semestre. O objetivo é a difusão de informações relacionadas a projetos de docentes, acadêmicos e pesquisadores. Os projetos são apresentados para difundir ideias, independente do estágio em que ele esteja, e despertar o interesse de alunos e médicos para a pesquisa – esse é fundamento de tudo”.

O seminário contou com a participação da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o Instituto de infectologia “Emílio Ribas”, o Centro de Referência e Tratamento em DST/AIDS do Governo Estadual e o Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo, além da presença de pesquisadores do Laboratório de Inovação Tecnológica (LAIS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que foram convidados a apresentar o andamento do Projeto “Sífilis Não”, desenvolvido pela equipe do LAIS e está em vigência há um ano e meio.

De acordo com o Professor Ricardo Valentim, chefe do Setor de Gestão da Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e um dos desenvolvedores do Projeto Sífilis Não, “um dos muitos objetivos do projeto é ajudar os profissionais da saúde com o diagnóstico e tratamento da sífilis, que ainda são um problema. O desconhecimento da população em relação ao tema ainda é grande e, portanto, pretendemos levar informações sobre a doença à sociedade”.

Os dados do Boletim Epidemiológico de Sífilis, publicado pelo Ministério da Saúde em 2018, apontam que vem ocorrendo um aumento nos casos no Brasil desde 2016. A elevação foi de 28,5% de sífilis em gestantes, 31,8% de sífilis adquirida, e 16,4% de sífilis congênita (transmitida ao feto pela placenta). Em face desses dados, o evento atua para que a academia discuta sobre o assunto e proponha soluções e projetos baseados nos estudos e pesquisas apresentados.

Os professores Esper Kallás e Anna Sara Shafferman Levin, do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP, participaram do evento. Segundo o Professor Esper, “o grande resultado do seminário foi a ampliação de conhecimento, difusão de informações e a criação de um ambiente necessário para propor um projeto colaborativo e construir um novo conhecimento sobre a doença, além de encontrar soluções de combate à epidemia”. A professora Anna Sara completa: “Pela primeira vez, esse evento foi realizado para programar um projeto mais amplo”.