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Deu praia? Fique de olho nas crianças

Curtir o verão à beira mar é um dos principais programas do paulistano nos seus dias livres, principalmente nas férias de final de ano. Mas o mar esconde alguns perigos – principalmente para as crianças. Para não correr riscos, a dica é brincar com segurança, procurando ficar perto dos guarda-vidas e sem abusos.

As crianças são as maiores vítimas de morte por afogamento no Brasil, sendo a segunda causa de óbitos entre 1 e 4 anos, aponta a Sobrasa (Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático).

Segundo o diretor operacional do Grau (Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências) da Secretaria, Jorge Michel Ribera, alguns fatores influenciam o aumento dos riscos de afogamento durante o verão, como as típicas temperaturas altas da estação, a larga disposição de água doce na capital e no interior, além da vasta extensão de praias no litoral.

Não ignorar as sinalizações que indicam “correntes” ou “canais” de água que puxam para dentro do mar. Caso você não aviste um desses avisos na praia, procure os guarda-vidas e pergunte qual o local mais seguro para nadar.

O Corpo de Bombeiros também recomenda para nunca entrar no mar após ingerir bebida alcoólica, pois o álcool inibe a noção de perigo. Nadar ou brincar no mar depois de comer também não é recomendado, sob risco de congestão. Outra dica é manter-se afastado de pedras e costeiras, que propiciam a formação de correnteza e dificultam o socorro.

Quando houver crianças ao redor, redobre a atenção. Uma prancha, por exemplo, pode machucar com a quilha ou com o bico. Outra dica é colocar no braço da criança uma pulseira de identificação com nome completo e telefone de contato para facilitar a localização em uma eventual perda.

Observe seus limites e as indicações dos guarda-vidas. Para brincar no mar com segurança, água sempre abaixo da cintura.

Socorro

Tão importante quanto saber evitar o afogamento, é saber como prestar socorro. O ideal é que pessoas sem treinamento apropriado não tentem fazer salvamentos sozinhas com o próprio corpo, colocando a própria vida em risco.  O mais adequado é fornecer para a vítima objetos que flutuem ou que sirvam como uma corda. Até mesmo uma garrafa pet pode ajudar a evitar um afogamento. É fundamental buscar socorro de salva-vidas ou bombeiros. A remoção da vítima deve ser feito pelos membros (pernas e braços) e jamais pode haver a compressão do abdômen. Fora d’água, a vítima deve ser colocada de lado, ter sua roupa molhada removida e ser aquecida até que haja atendimento profissional.

” Cuidados para evitar o afogamento. Os casos de afogamento aumentam muito nessa época do ano”, explica o gerente médico do Grupo de Resgate e Atendimento às Urgências (Grau), Dr. Ricardo Vanzetto”