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Dia de combate ao tabagismo tenta prevenir doenças associadas ao fumo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que anualmente cerca de 6 milhões de pessoas morrem no mundo em decorrência de doenças relacionadas ao fumo, como diversos tipos de cânceres. Isso faz do tabagismo a principal causa de mortes evitáveis, ou seja, de doenças relacionadas a hábitos inadequados. A luta contra o tabaco tem sua discussão central no dia 31 de maio, adotado como o Dia Mundial Contra o Tabagismo.

Uma das maneiras de prevenir tais doenças é limitando a possiblidade de acesso ao cigarro, e o Estado de São Paulo foi pioneiro nessa iniciativa ao criar, em 2009, a Lei Antifumo, que proibiu totalmente o consumo do cigarro em ambientes fechados. “Essa lei garantiu a existência de ambientes completamente livres do fumo. Mudar costumes é uma coisa demorada, que às vezes leva décadas, mas conseguimos transformar o comportamento das pessoas, que estavam habituadas a fumar em ambientes fechados”, conta Cristina Megid, diretora do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo.

Ela lembra que a criação da lei foi cercada de polêmicas. Donos de bares e restaurantes temiam prejuízos com a ausência de fumantes, mas ela explica que nada aconteceu. “Felizmente os empresários entenderam e deram essa contribuição à sociedade”, explica.

Pesquisas apontam várias vantagens da aprovação da lei, como queda no índice de monóxido de carbono nos ambientes fechados e a redução do número de mortes por infarto e acidente vascular cerebral, males que podem ser causados pelo fumo. “Isso nos mostra que estamos no caminho certo, e temos de continuar cuidando da população. Salvar vidas é a nossa meta”, conclui Cristina.

Para quem deseja deixar de fumar, a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo oferece o Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (CRATOD), que oferece atendimento especializado a tabagistas em mais de 150 unidades de saúde em todo o Estado.

“Eu busquei ajuda no CRATOD para conseguir parar de fumar. Fui muito bem recebida pela equipe. Já estou fazendo acompanhamento há 3 semanas e estou muito contenta”, explica a paciente Maria Antônia da Silva.