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Dia do Orgulho LGBT: conheça ações da Saúde no Estado

 

O Dia do Orgulho LGBT, comemorado anualmente no dia 28 de junho, foi criado em 1970. A data é um importante marco para o grupo celebrar sua posição na sociedade, mas também é feito para reivindicar direitos e lutar contra o preconceito.

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo sabe da importância de uma data como esta e mantém ações voltadas ao público LGBT durante todo o ano.

Uma importante mensagem que a Secretaria faz questão de reafirmar é a importância de se proteger durante o sexo.

De acordo com pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde e publicada na revista internacional “Medicine”, em São Paulo, 1 a cada 4 homens que transam com homens tem HIV. A partir desse dado preocupante, a Secretaria de Saúde alerta a população sobre a importância de usar preservativo durante qualquer relação sexual.

Transmitida pelo HIV, a Aids é uma doença infecciosa desenvolvida por quem contraiu o vírus. De acordo com o médico infectologista, Ralcyon Teixeira, do Instituto Emílio Ribas, o vírus está presente principalmente no sangue e em algumas secreções do corpo, como o esperma, a secreção vaginal, o líquido que banha o bebê durante gestação e o líquido que banha o cérebro.

“Se a pessoa tiver contato com uma dessas secreções ou com o sangue contaminado e perfurando, porque na pele integra não passa HIV, ela pode se contaminar. Por outro lado, não há vírus na saliva, na urina, nas fezes e na lágrima,” explicou.

“Um dos motivos de ter aumentado o número de pessoas infectadas com o vírus do HIV/Aids é o hábito de não usar camisinha.” O alerta é do infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Jean Gorinchteyn.

Autoteste

A fim de facilitar o acesso à informação de meios de prevenção, a ONG “A Hora é Agora” incentiva o público em risco a realizar o autoteste, um novo teste de triagem para HIV, com orientação online. Nele o procedimento é feito e interpretado, de maneira simples e rápida, pela própria pessoa, na hora e lugar que desejar, sem a necessidade de um laboratório nem de um profissional da saúde.

Esse autoteste é feito por coleta na boca, sem dor e complicações. Sua função é detectar os anticorpos anti-HIV presentes no fluido oral. A facilidade, segurança e eficiência em sua realização permitem que, com o procedimento, seja possível ampliar a cobertura de testagem para HIV, principalmente àqueles que não têm acesso fácil para exames convencionais.

Por isso a importância de espalhar a notícia de que um exame tão fácil já pode ser realizado, afinal, quanto mais prematuramente for descoberto o vírus, maiores as chances de combater a Aids, como frisa a Dra. Maria Clara Gianna, diretora técnica do Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.

“Se a pessoa identificar o vírus no momento adequado, vai ser mais simples o tratamento da Aids, e os medicamentos terão efeito maior”, esclarece.

Por meio do site http://www.ahoraeagora.org, o paciente tem todas as informações a respeito do autoteste. Por exemplo, que esses anticorpos geralmente passam a ser detectados 25 a 30 dias após a infecção pelo vírus, isto é, algumas pessoas podem estar infectadas pelo HIV e ter um autoteste com resultado ainda não reagente/negativo.As pessoas produzem anticorpos em prazos diferentes e algumas podem levar até 90 dias para terem anticorpos detectáveis. Depois desse período o autoteste é bastante eficiente na identificação de pessoas que vivem com HIV.