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Dia Nacional de Combate à Hipertensão alerta para os riscos da doença

No dia 26 de abril é lembrado o Dia Nacional de Combate à Hipertensão, popularmente conhecida como pressão alta.  A data foi criada para conscientizar sobre a doença que atinge grande parcela da população brasileira.

“A hipertensão arterial é uma doença crônica e degenerativa. Hoje sabemos que o ideal é que a pressão fique entre 120 por 80. Acima disso é o que chamamos de pré-hipertensão, e acima de 140 por 90 é o que chamamos de hipertensão arterial”, explica Celso Amodeu, cardiologista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.

O médico explica que a doença é mais comum nos homens, só que as mulheres, os jovens, os idosos e até as crianças também podem não estar livres desse mal. O fator genético contribui muito, mas a má alimentação com o uso exagerado de sal e o sedentarismo são outros vilões da hipertensão.

“Em 95% dos casos a doença é genética. Por isso, na terceira ou quarta década de vida a pressão começa a subir. Ter hipertensão, mais cedo ou mais tarde, de uma forma mais intensa ou mais fácil de se tratar, vai depender do estilo de vida. Por isso, muito antes da pressão subir, se existe um controle e cuidado da saúde, mesmo tendo fator genético, essa doença pode se manifestar muito mais tarde”, comenta Amodeu.

Alimentação

A restrição alimentar para os hipertensos é a mais temida pelos pacientes. No entanto, conviver com a doença não significa comer mal. Quem sofre com a doença deve consumir 2 gramas de sal por dia, dividindo essa porção entre 1 grama no almoço e 1 grama no jantar.

A nutricionista Karin Klack, da Divisão de Nutrição e Dietética do Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP, recomenda que a preparação da refeição seja feita sem sal, adicionando-o apenas na hora de comer.

“Mas não podemos esquecer que o sódio está presente em uma série de alimentos, como os enlatados (milho, ervilha e molho de tomate), os embutidos (linguiça, salsicha, salame, presunto e mortadela). Deve haver muita moderação no consumo destes alimentos”, comenta Karin.   

A falta de sal pode significar falta de sabor, mas há truques para substituí-lo. No preparo das refeições capriche em temperos naturais, como ervas, alho, cebola, limão e vinagre, por exemplo.

Outra dica importante é não pular o café da manhã, pois o jejum pode estimular tanto a hipertensão quanto a diabetes. “Além disso, ficar em jejum pode levar a uma redução na taxa do metabolismo e, com isso, dificultar a realização do trabalho e outras atividades do dia a dia, devido à baixa oferta de energia”, conclui a nutricionista. 

Exercícios físicos

Além disso, manter os exercícios físicos regulares é importante para que o paciente não chegue ao sobrepeso, sendo também uma forma de incentivo para adicionar a alimentação saudável na dieta.

A recomendação para começar a sair do sedentarismo é reservar 30 minutos de seu dia para atividades física, podendo ser distribuído ao logo do dia. Com a recomendação de ficar em casa, use a criatividade e busque alternativas em vídeos na internet, faça caminhadas dentro de casa, use as escadas, faça exercícios com o peso da garrafa de água, por exemplo.