Pular para o conteúdo

Diagnóstico precoce aumentam chances de cura do câncer de mama e próstata

Você sabia que quanto mais cedo ocorre o diagnóstico do câncer de mama ou de próstata, maiores as chances de sucesso no tratamento?

Ambas as doenças estão dentre os tipos de tumores mais prevalentes em mulheres e homens, respectivamente. E, por isso, o Icesp alerta para os sintomas e para a importância da realização dos exames de rotina.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que 59.700 casos novos de câncer de mama no Brasil durante o biênio 2018-19, com um risco estimado de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres.

Há determinados jeitos de fazer a prevenção de cada tipo de câncer, mas há um consenso na área médica: não somente o de mama, mas todos os cânceres podem ser reduzidos com medidas preventivas ou mudança de hábitos ou exames periódicos mais frequentes, aponta a chefe de oncologia clínica do Icesp (Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), Maria Del Pilar Estevez Diz.

“O câncer é uma doença que carrega muitos estigmas, principalmente no que diz respeito à aparência. Por isso, enquanto estão em tratamento, os pacientes precisam ser incentivados, motivados. A autoestima elevada tem sido associada a baixos níveis de depressão e tensão, favorecendo a recuperação social e física. Nosso principal objetivo é resgatar o ânimo dos pacientes, inspirá-los a se olharem além da doença”, explica a coordenadora de humanização do hospital, Maria Helena Sponton.

Câncer de mama

Os principais sintomas são nódulos (caroços) nas mamas e na região das axilas, alteração na forma e tamanho dos seios, alterações na pele e secreção pelo mamilo.

Todas as mulheres devem ir ao médico uma vez por ano, mesmo aquelas que não mantêm uma vida sexual ativa. Aos 40 anos, deve ser feita a primeira mamografia. Daí em diante, até os 50 anos, o médico determinará a frequência da mamografia de acordo com as particularidades de cada paciente. Já após os 50 anos, todas as mulheres devem fazer a mamografia anualmente.

Mulheres de todas as idades devem realizar o autoexame, sem deixar de ir ao consultório médico. O autoexame ajuda a conhecer o próprio corpo e ficar alerta para procurar ajuda, caso seja notada alguma alteração.

“Nunca tinha feito mamografia na vida, até que uma amiga informou que a a carreta do Programa Mulheres de Peito estaria na nossa cidade. Foi muito fácil e rápido”, conta Maria Lúcia Sabela que fez o exame na cidade de Atibaia.

 

Câncer de próstata

O câncer de próstata pode não causar sintomas no começo de seu desenvolvimento. À medida que o tumor se desenvolve, o paciente pode sentir dificuldade para urinar, sangramentos e infecções urinárias. Em uma fase mais avançada, pode sentir dor óssea ou ter insuficiência renal.

Frequentemente, os casos são detectados por meio de exames de rastreamento, como o toque retal e a dosagem de PSA no sangue (Antígeno Prostático Específico, uma enzima produzida pelo corpo). A decisão de realizá-los deve ser tomada em conjunto com o médico. Caso haja alguma anormalidade, são realizados exames complementares (ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância magnética, por exemplo) para uma melhor investigação, além da biópsia para confirmar o diagnóstico.

“Eu sou de uma geração que o exame de próstata sempre gerou muita piada entre os amigos. Eu só fui fazer depois que perdi um amigo com tumor na próstata. Hoje percebo quanta bobagem e ignorância eu tinha em não querer realizar o procedimento médico”, comenta o advogado João Batista Felix de 57 anos.