Pular para o conteúdo

Diagnóstico precoce é fundamental no tratamento do câncer de próstata

O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens com mais de 50 anos. Segundo explica William Nahas, chefe do Serviço de Oncologia Urológica do Icesp e professor titular de Urologia do Departamento de Cirurgia da FMUSP, o diagnóstico precoce é importante no tratamento de qualquer tipo de câncer. Mas no caso do câncer de próstata, os exames devem ser feitos a partir dos 45 anos, para aqueles com antecedente familiar, e 48 anos, para os sem antecedente.

“Há duas formas para diagnosticar a doença: exame de PSA, com coleta de sangue, para verificar os antígenos específicos da próstata que denunciam alguma afecção na glândula, e o exame de toque, que dura poucos segundos”, conta ele. Nahas ainda conta que existe uma porcentagem significativa de casos que não são diagnosticados apenas com o exame de sangue, por isso a importância da associação dos dois procedimentos.

“Os principais sintomas são o aumento da vontade de urinar, acordando no meio da noite, com um jato urinário mais fraco e fino, exigindo que faça mais força para começar a urinar”, explica o urologista do Centro de Referência em Saúde do Homem, Joaquim Claro.

Entretanto, isso não é regra. A doença pode ser sutil como é o caso de Sebastião Barnabe, que só sentiu dificuldades para urinar após iniciar o tratamento. “Você pensa que está normal, mas depois que faz o tratamento, recebe o auxílio médico e os tratamentos, é possível perceber a diferença. Agora está bem mais natural”.

Mais de 50% dos homens que chegam para tratar o câncer de próstata já estão em estágio avançado, pois não fizeram a prevenção. “O diagnóstico precoce é fundamental, pois permite tratamentos menos agressivos e com altos índices de sucesso. Por isso, a indicação dos especialistas é que, a partir dos 50 anos, a realização de exames de rotina vire um compromisso para toda a população masculina”, destaca Nahas.

Fazer o exame de toque é essencial. Para Claudio Murta, o problema do preconceito só atrapalha a prevenção de uma doença que é grave. “Os cuidados com a saúde devem começar desde cedo, com acompanhamento na infância, adolescência e vida adulta. Mais do que desmistificar o preconceito do exame do toque retal, é importante que o homem mantenha hábitos saudáveis para tratar a doença de forma menos agressiva, com mais chances de cura”, ressalta o urologista.