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#DiaMundialSemTabaco: Lei Antifumo muda hábitos e evita mortes

Segundo dados apresentados pelo Ministério da Saúde, consumidores de cigarro na capital paulista diminuíram em cerca de 300 mil pessoas em oito anos. Essa mudança de hábito está diretamente ligada ao sucesso da Lei Antifumo, que completa dez anos em 2019.

Com a lei, ficou proibido fumar em estabelecimentos comerciais de uso coletivo, como bares, restaurantes e casas noturnas, sujeito à multa para os interventores. Apesar de demorar a cair no entendimento dos cidadãos e donos de estabelecimentos, a lei rapidamente deu resposta pela saúde pública. Segundo a diretora técnica do Centro de Vigilância Sanitária, Maria Cristina Megid, “em apenas 17 meses de vigência da lei, o paulista evitou 581 óbitos por infarto do miocárdio e 228 por AVC”, comemora. “São números impactantes, que nos trazem a certeza de que estamos no caminho certo, cuidando da saúde e orientando a população.”

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De acordo com levantamento do Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Brasil, 428 pessoas morrem por dia por causa da dependência de nicotina. Estima-se que R$ 56,9 bilhões são perdidos a cada ano devido a despesas médicas e redução de produtividade, e 156.216 mortes anuais – principalmente, o câncer – poderiam ser evitadas. O Instituto ainda aponta que a proibição de cigarros em locais públicos evitou a morte de 15 mil crianças brasileiras. Com sua consolidação, a Lei Antifumo de São Paulo serviu de exemplos para outros estados do país que vieram a implementar a medida.

Prevenção

Além de insistir na mudança de hábito das pessoas, é importante sempre informar a população sobre os malefícios do cigarro. A psicóloga especialista Ivone Charran ilustra. “Aproximadamente 5% dos fumantes conseguem abandonar o cigarro sozinhos, sem tratamento ou acompanhamento médico. O restante, ou 95%, precisam de ajuda especializada. Parar de fumar não é fácil.”

A psicóloga especialista Ivone Charran reforça. “Cerca de 5% dos fumantes conseguem abandonar o cigarro sozinhos, sem tratamento ou acompanhamento médico. O restante, ou 95%, precisam de ajuda especializada. Parar de fumar não é fácil.”

Dono de uma casa noturna na zona Oeste de São Paulo, Jacó Miranda, relata as mudanças comportamentais que a Lei Antifumo trouxe ao ambiente. “Antes, as pessoas saiam do nosso estabelecimento com cheiro de cigarro, era uma neblina de fumaça”, disse.

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Dia Mundial Sem Tabaco

A data celebrada no dia 31 de maio foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. No Brasil, o INCA é o responsável por sua divulgação e comemoração de acordo com o tema estabelecido a cada ano pela OMS.