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Doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte no país

Os problemas cardiovasculares não aparecem de repente. Doenças como a doença coronária o infarto, a angina e o acidente vascular cerebral (AVC) estão entre  as principais causas de morte no país e são causadas por fatores de risco, entre eles, níveis altos de colesterol, hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, obesidade e vida sedentária.

“São estes os fatores que contribuem para o aparecimento da aterosclerose, caracterizada pela formação das placas de gordura no sangue, que entopem as artérias e, com o tempo, levam aos infartos e derrames”, explica Raul Dias dos Santos Filho, diretor da Unidade de Lípides do InCor. “A evidência da relação entre o nível excessivo do LDL, que é o colesterol ruim do sangue, com o risco de problemas cardiovasculares é extremamente robusta”.

Para prevenir doenças cardiovasculares é preciso saber, antes de tudo, se a pessoa tem risco alto de desenvolvê-las. Se há, por exemplo, algum parente de primeiro grau, como pai, mãe ou irmão, que teve infarto ou derrame antes dos 50-55 anos. Em segundo lugar, será necessário levantar os fatores de risco: se a pessoa fuma, se tem uma ideia do valor da sua pressão arterial, do seu nível de glicose no sangue e do valor do colesterol. É muito simples ter ideia de qual é o risco de vir a ter problemas cardíacos se alguém tem essas informações sobre sua saúde.

Gordura abdominal

Quase metade dos brasileiros está fora do peso e o problema desses quilos a mais é a gordura abdominal, muito perigosa para a saúde.

“O indivíduo que tem tenha a obesidade abdominal, seja homem ou mulher, tem risco aumentado de ter infarto 2,5 vezes maior do que aquele que não tem a obesidade abdominal. Já para o AVC, o risco aumenta por esse acúmulo de gordura, com 500 mil AVCs por ano no Brasil”, explica Álvaro Avezum, cardiologista e diretor de pesquisa da divisão de Pesquisa do Instituto Dante Pazzanese.

Para se prevenir contra o excesso de gordura, é preciso medir a circunferência da barriga bem no meio do umbigo com a fita métrica e sem apertar. O nível normal para os homens é de 90 cm e para as mulheres de 80 cm. “Isso não tem a ver com estética, mas sim uma gordura que metabolicamente produz hormônios que aumentam o risco cardiovascular”, alerta o cardiologista.

A alimentação adequada, aliada à prática de atividades físicas diárias, pode prevenir o surgimento de problemas cardiovasculares como o AVC e o infarto, em mulheres e homens.