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Em cada casa de SP, três recipientes podem servir de criadouro para o Aedes Aegypti

Projeção inédita realizada pela Secretaria de Estado da Saúde, no primeiro mês do ano, indica que, em média, em cada residência de SP, são encontrados três recipientes que são potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Os dados ajudam a rastrear esses objetos e, consequentemente, a organizar estratégias de limpeza e remoção de inservíveis que podem favorecer a proliferação do vetor.

A pesquisa classificou os tipos de recipientes em: depósitos elevados (caixa d’água); depósitos não elevados (ao nível do solo); móveis (vasos de plantas, garrafa pet, potes plásticos; bebedouros de animais); pneus; fixos (calhas, lajes, piscinas); passíveis de remoção (embalagens vazias, entulhos de construção, sucatas) e os naturais (plantas, ocos de árvore, bambu, por exemplo). A maior prevalência verificada em SP é de recipientes móveis, chegando a 1,8 por imóvel.

Os depósitos elevados e não elevados, bem como os recipientes naturais e pneus apresentaram índices mais baixos. Entretanto, é preciso inspecionar e manter atenção em todos os locais, para evitar acúmulo de água.

“A identificação dos tipos e da proporção de recipientes identificados auxiliam tanto as equipes que trabalham em campo, quanto a população, que pode ajudar com tarefas simples e rápidas no combate ao Aedes”, afirma o Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann.

As principais recomendações para evitar criadouros do mosquito são: deixar a caixa d’água bem fechada e realizar a limpeza regularmente; retirar dos quintais objetos que acumulam água; cuidar do lixo, mantendo materiais para reciclagem em saco fechado e em local coberto; eliminar pratos de vaso de planta ou usar um pratinho que seja bem ajustado ao vaso; descartar pneus usados em postos de coleta da Prefeitura.

A 1ª Semana de Mobilização contra o Aedes aegypti de 2020 acontece entre 10 e 14 de fevereiro. A abertura acontece na segunda-feira (10), com o Encontro Estadual com Gestores Municipais sobre os desafios das Arboviroses em SP (consulte a programação aqui).

“Enfrentar o Aedes aegypti é uma tarefa coletiva. Pedimos que todos colaborem nas atividades para eliminar possíveis criadouros do mosquito”, afirma o secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann.

Cidades em alerta e risco

O resultado do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado pelos municípios no mês de janeiro, indica que dos 533 municípios que fizeram o balanço, 226 apresentam situação satisfatória. Outras 200 estão em alerta e 107  municípios estão em risco de proliferação do mosquito (clique aqui )

A classificação de um local como satisfatório, alerta ou risco é calculada com base no Índice de Infestação Predial (IIP). Esse indicador entomológico é calculado pelo número de recipientes com presença de larvas de Aedes aegypti em 100 imóveis pesquisados, sendo considerados satisfatórios aqueles com até 1; alerta, de 1 a 3,9; e risco, acima de 3,9.

 

Confira balanços de recipientes por região:

Média de recipientes foco por residência, por DRS*
DRS Recipientes
Grande São Paulo 3,5
Araçatuba 2,8
Araraquara 3
Baixada Santista 3,5
Barretos 3
Bauru 2,8
Campinas 2,3
Franca 3
Marília 2,8
Piracicaba 2,3
Presidente Prudente 2,8
Registro 3,5
Ribeirão Preto 3
São João da Boa Vista 2,3
São José do Rio Preto 3
Sorocaba 2,3
Taubaté 3,5


*Recipientes contabilizados sem larvas, considerados potenciais criadouros.