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Em sete anos, cursos de extensão e divulgação científica do Butantan atraíram 10 mil pessoas

De acordo com balanço do Instituto Butantan, ao menos dez mil alunos já participaram de seus cursos de extensão universitária e de divulgação científica. Embora os cursos sejam antigos, o balanço corresponde aos últimos sete anos, quando o serviço passou por uma reorganização e os dados passaram a ser compilados.

Com os cursos, o Instituto coloca em prática sua vocação para o ensino, que é hoje um dos seus pilares de sustentação. “Nossos cursos de divulgação científica são mais rápidos, com duração de no máximo um dia, uma manhã ou uma tarde, ou seja, são cursos para quem tem pouco tempo e não pode ficar ausente de outros compromissos. Já os cursos de extensão universitária são mais longos, com duração de até uma semana e com carga horária superior a 8h”, explica Fabíola Meireles, da Coordenação de Cursos do Butantan.

De acordo com ela, os cursos oferecidos permitem o aprimoramento de estudantes, professores, pesquisadores e do público em geral interessado em atividades de ensino rápidas e dinâmicas. “Eu digo que os cursos começaram mesmo com o Vital Brazil. Há várias fotos dele perto do Serpentário, demonstrando o manejo de serpentes para várias pessoas. Ele dava aula e explicava, então foi o primeiro grande educador do Butantan”, ressalta.

Para este ano, estão sendo oferecidos 35 cursos, com temas que se relacionam com as áreas de atuação do IB: animais venenosos e peçonhentos, produção de soros e vacinas, farmacovigilância e também microscopia. Os cursos são pagos, mas os colaboradores do Butantan têm direito à isenção na taxa de inscrição mediante autorização da coordenação do curso.

Perfil

Dependendo do curso, o público-alvo vai desde interessados no assunto até graduandos ou graduados em determinada área do conhecimento. Em relação à idade, não há limite para a participação nas aulas, sendo necessário apenas ter mais de 16 anos.

Prova de que sempre há tempo para buscar novos conhecimentos foi a participação do médico aposentado Duarte Malva Vicente, de 94 anos, que na última quarta (21), realizou, com o Laboratório de Herpetologia, o curso Reconhecimento de Animais Peçonhentos.

“Na região em que moro sou chamado quando encontram uma cobra ou quando alguém é mordido, então quero aproveitar essa oportunidade de conhecer mais sobre o assunto, tanto por curiosidade, quanto por necessidade. Vim porque precisava e porque tenho uma missão para cumprir sendo médico”, disse.

Duarte, que trabalhou durante 60 anos no Hospital do Mandaqui, hoje vive em São Luiz do Paraitinga, cidade com cerca de 10 mil habitantes no Vale do Paraíba. No passado, ele chegou a trazer ao Butantan serpentes encontradas na natureza e em troca recebeu algumas ampolas de soro antipeçonhento.

Inscrições

As inscrições para novas turmas dos cursos de extensão e divulgação abrem todo mês de janeiro, para o 1º semestre e em maio, para o 2º semestre.

Clicando neste link você encontra informações com a lista de todos os cursos oferecidos, contatos e formulários para inscrição.