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Emílio Ribas dispara 20 mil balões vermelhos pelo Dia Mundial de Combate à Aids

Com o tema “HIV em Jovens – Precisamos de um Novo Olhar”, Instituto de Infectologia promove debate para analisar estratégias de conscientização e prevenção nesta sexta-feira, 30 de novembro; às 12h, ocorre a tradicional soltura de 20 mil balões vermelhos em homenagem às vítimas da Aids.

O Instituto de Infectologia Emilio Ribas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde e referência nacional no tratamento de doenças infecciosas, promove nesta sexta-feira, 30 de novembro, um debate entre jovens, e profissionais de comunicação sobre as estratégias atuais de prevenção e conscientização sobre o HIV/Aids.

Com início às 9h da manhã, a ação faz parte da programação do Dia Mundial de Combate à Aids, e marca o início do Dezembro Vermelho, mês de luta contra a doença.  Durante o dia, grupos universitários, entidades e especialistas das áreas de Saúde e Comunicação participarão de palestras e discussões sobre o tema “HIV em Jovens – Precisamos de um Novo Olhar”, com foco especialmente para os jovens de 15 a 24 anos, faixa etária com maior concentração de novas infecções pelo vírus da imunodeficiência humana (88,3 novas infecções por 100 mil habitantes, em 2017).

A ideia é analisar o que pode ser feito para mudar a realidade deste grupo etário, mais vulnerável às infecções sexualmente transmissíveis, entre elas o HIV , assim como a gravidez, algo cada vez mais precoce. O objetivo é debater os números atuais com comunicadores, publicitários e grupos de jovens, no sentido de buscar uma melhor diálogo e entendimento sobre os reais riscos e maneiras de prevenção.

Na sequência, às 12h, o Emílio Ribas realiza a tradicional soltura de 20 mil balões vermelhos biodegradáveis, no pátio do Instituto, homenageando as pessoas que morreram vítimas da Aids.

O objetivo do evento é rever as estratégias de comunicação voltada para este público mais vulnerável, sobretudo para estimular os jovens a serem disseminadores da responsabilidade e da prevenção na vida sexual.  “Esse cenário provocou uma reflexão em relação à comunicação que vêm sendo feita com esse público. Onde será que estamos errando?”, indaga o infectologista, Jean Gorinchteyn.

A coordenadora de Saúde do Adolescente do Estado de São Paulo e ginecologista Albertina Duarte Takiuti, alerta para o crescimento nos números de Infecções Sexualmente Trasmissíveis, especialmente os casos de sífilis congênita – ou seja, a transmissão da doença da mãe para o bebê, durante a gravidez.

De 1986 a junho de 2017, foram notificados 31.739 casos de sífilis congênita no Estado de São Paulo. Em 2016, a taxa foi de 6,3 casos por 1.000 nascidos vivos, mostrando uma elevação de 4,7 vezes em comparação à taxa de incidência de 2009. A detecção da sífilis em gestante auxilia no tratamento precoce, possibilitando a redução da sífilis congênita.

30 anos de Combate à Aids

Em 1988, a Assembleia Geral da ONU e a Organização Mundial de Saúde instituíram o dia 1 de dezembro como o Dia Mundial de Luta contra a AIDS.

Ao longo deste tempo, o tratamento evoluiu e os pacientes do SUS, hoje, têm acesso gratuito a um acompanhamento adequado, com o uso regular dos medicamentos antirretrovirais, mantendo uma boa qualidade de vida sem manifestar os sintomas da doença.

“É imprescindível que o jovem tenha informações para garantir uma vida sexual protegida e consciente daquilo que pode e deve ser feito para a prevenção de ISTs e gravidez, não somente com o uso de preservativos mas também com o uso de estratégias combinadas”, complementa Gorinchteyn.