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Emílio Ribas ganha 30 novos leitos de UTI e centro cirúrgico para transplantes intervivos

Reforma do prédio hospitalar começa na segunda-feira, 26, e terá alterações no atendimento para priorizar casos mais graves

O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde referência nacional em tratamento de doenças infectocontagiosas, inicia na segunda-feira, 26 de janeiro, uma grande obra de modernização em seu prédio hospitalar que integra a maior reforma da história de 135 anos da instituição.

Com as obras, o número de leitos de UTI (terapia intensiva) saltará de 17 para 47. Os novos leitos foram projetados para serem reversíveis, ou seja, poderão ser adaptados conforme a gravidade e a idade do paciente (adulto ou pediatria).

O hospital também irá modernizar seu atual centro cirúrgico. As salas de cirurgia passarão a ser comunicantes e terão acesso entre si, o que passará a permitir a realização de transplantes de rins, inclusive com doadores vivos.

“Pacientes com hepatite e Aids, que fazem parte do perfil de atendimento do instituto,  têm grande incidência de complicações da função renal. A ideia é possibilitar que eles tenham maior qualidade de vida com a realização dos transplantes”, afirma Luiz Carlos Pereira Júnior, diretor do Emílio Ribas.

A reforma no instituto, que atende 100% pelo SUS (Sistema Único de Saúde), tem investimento de R$ 140 milhões do Governo do Estado de São Paulo.

As obras ainda foram projetadas para deixar o hospital com condições ideais de conforto para os pacientes e funcionários, com melhorias como o controle acústico, equilíbrio térmico e sinalização eficiente. Ao mesmo tempo, a unidade irá aderir a conceitos modernos de sustentabilidade, como sistemas inteligentes de redução de consumo de água e energia elétrica e projeto paisagístico com reimplantes de árvores do próprio hospital originalmente afetadas pelo projeto.

A unidade ainda promoverá o restauro de suas construções tombadas como patrimônio histórico: o Prédio Azul e a Portaria Histórica.

Alterações

Em razão das obras no prédio hospitalar, serão necessárias algumas alterações no atendimento para garantir assistência aos casos mais graves e urgentes no Emílio Ribas.

Assim, pacientes com casos menos complexos poderão procurar pelas 150 Amas (Assistência Médica Ambulatorial) ou prontos-socorros de hospitais gerais na cidade de São Paulo, para o primeiro atendimento e avaliação.

Além disso, o Hospital Heliópolis e o Centro de Referência e Treinamento (CRT) em DST/Aids, ambos na zona sul da capital, darão suporte ao Emílio Ribas, recebendo pacientes encaminhados pelo instituto, quando necessário.

Outros serviços hospitalares com atendimento na área de Infectologia também poderão ser acionados para receber pacientes encaminhados do Emílio Ribas, se houver necessidade, durante o período da obra do prédio hospitalar. Desta forma, ninguém ficará sem a devida assistência.

As obras não impactarão no atendimento a casos suspeitos de ebola, que eventualmente, cheguem ao Estado de São Paulo. O hospital é referência para este tipo de atendimento e 15 equipes têm sido amplamente treinadas desde agosto do ano passado.