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Entenda a diferença entre infarto e parada cardíaca

É muito comum as pessoas confundirem o infarto com a parada cardíaca. Será que você sabe a diferença? Entenda.

O infarto ocorre em geral quando um coágulo bloqueia uma das artérias do coração, chamadas de coronárias, impedindo que o sangue alimente de oxigênio e nutrientes o músculo cardíaco, ou miocárdio.

“Geralmente isso acontece porque o interior da artéria que foi obstruída estava estreitado por uma placa de gordura, ou ateroma, fixado em sua parede e que se rompeu”, explica o Dr. Múcio Tavares, diretor da Unidade Clínica de Emergência Referenciada do InCor. Quando acontece esse rompimento, o organismo corre para reparar o local, formando trombos sanguíneos na região. “Ao final, o reparo acaba funcionamento como um tampão na artéria”, explica o cardiologista.

O músculo cardíaco aguenta no máximo 3 minutos sem suprimento de sangue, depois do que ele começa progressivamente a morrer, da camada mais interna para a externa, diminuindo, minuto a minuto, a chance de sobrevida ao infarto. Nesse processo de morte do músculo cardíaco, pode acontecer o comprometimento da rede elétrica do coração que fica infiltrada no miocárdio. É nesse momento que pode acontecer uma parada cardíaca.

Num coração sadio, os batimentos cardíacos acontecem de forma ritmada e contínua. A contração e a distensão do músculo faz com que o coração bombeie o sangue do organismo para ser oxigenado nos pulmões e destes para todo o corpo. A rede elétrica do coração é a responsável por orquestrar esse movimento.

Entre as possíveis causas de parada cardíaca se incluem, além do infarto do miocárdio, a insuficiência cardíaca, a emergência de um coágulo nos pulmões, um desequilíbrio eletrolítico, de potássio ou magnésio, entre outros minerais no sangue que estão ligados ao funcionamento da rede elétrica cardíaca. Ela pode ser decorrência, ainda, de um choque, um trauma, como um golpe no peito ou uma overdose de drogas que colapsa o sistema elétrico do coração.

Riscos

Quase metade dos brasileiros está fora do peso e o problema desses quilos a mais é a gordura abdominal, muito perigosa para a saúde.

“O indivíduo que tem tenha a obesidade abdominal, seja homem ou mulher, tem risco aumentado de ter infarto 2,5 vezes maior do que aquele que não tem a obesidade abdominal. Já para o AVC, o risco aumenta por esse acúmulo de gordura, com 500 mil AVCs por ano no Brasil”, explica Álvaro Avezum, cardiologista e diretor de pesquisa da divisão de Pesquisa do Instituto Dante Pazzanese.

Para se prevenir contra o excesso de gordura, é preciso medir a circunferência da barriga bem no meio do umbigo com a fita métrica e sem apertar. O nível normal para os homens é de 90 cm e para as mulheres de 80 cm. “Isso não tem a ver com estética, mas sim uma gordura que metabolicamente produz hormônios que aumentam o risco cardiovascular”, alerta o cardiologista.