Pular para o conteúdo

Estudo comprova eficácia da atividade física em pacientes com câncer

 

Um estudo conduzido pela pesquisadora Fabiana Reis, com colaboração de copesquisadores e orientação da coordenadora médica do Serviço de Reabilitação do Icesp, Dra. Christina Brito, confirmou a eficácia das atividades físicas para pacientes em fase de tratamento contra o câncer.

A pesquisa considerou 600 pacientes submetidos ao programa de condicionamento físico, praticado duas vezes por semana ao longo de três meses. O seguimento pós-alta, com análise final completa, após um ano, contemplou 287 pacientes.

Após 12 semanas de exercícios supervisionados, observou-se a redução de 50% da fadiga relacionada ao câncer, ganho de 29,7 % de qualidade de vida e, também, ganho de 22,4% de capacidade física. 

No grupo que foi estudado, estão pacientes que passaram pelo tratamento do câncer hematológico, de mama, próstata e cólon, entre outros. Constatou-se, ainda, benefícios na capacidade cardiopulmonar dessas pessoas, na força muscular, flexibilidade, composição corporal, além de melhora da imagem corporal. Outro ponto importante considerado foi a melhora da depressão e da ansiedade. 

“Os participantes foram incluídos em um programa de exercícios estruturados e supervisionados. Todos eles foram submetidos a exercícios aeróbicos, resistidos e de flexibilidade”, explica a profissional de educação física do Icesp, Fabiana Reis.

“Os resultados confirmam que um programa de exercício físico é uma importante ferramenta para a reabilitação de pacientes oncológicos, contribuindo para a melhora da capacidade física e da qualidade de vida, e contribui para a melhor tolerância ao tratamento oncológico, bem como para o aumento dos níveis de atividade física a longo prazo”, afirma Dra. Christina Brito.

O estudo foi um dos destaques, premiado em primeiro lugar, no último Congresso Brasileiro de Medicina Física e Reabilitação. O trabalho está agora em fase final de preparo para publicação.

Combine a correria do dia a dia com exercícios

O sedentarismo é um problema real que atinge os moradores das grandes cidades. A rotina estressante e cansativa impede muitas vezes que as pessoas reservem um tempo para a dedicação de exercícios.

Para driblar a falta de tempo, coordenador do Programa Agita São Paulo e diretor-científico do CELAFICS (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul), o Victor Matsudo, afirma que o sedentarismo pode ser evitado com uma rotina simples de pequenos exercícios.

“Com 10 minutos andando até o seu trabalho, mais 10 minutos indo do trabalho até o restaurante do almoço e mais 10 minutos voltando, você carimba o passaporte da saúde e não pode ser mais acusado de ser uma pessoa sedentária”, sugere Victor, sobre a fórmula de reservar 30 minutos diários a atividades físicas.

Alguns grupos com dificuldade de mobilidade também devem encarar o sedentarismo. Para as grávidas, por exemplo, o ideal é não exagerar na hora da malhação, mas de jeito nenhum abandonar a atividade física (sempre com o acompanhamento de um especialista).

“Os benefícios de um estilo de vida ativo para grávidas vão desde o controle de peso e de glicemia até a prevenção de hipertensão. As gestantes devem ter consciência que, nesse momento, os riscos não se aplicam somente a ela. Ao bebê também”, explica Timóteo Araújo, presidente do Celafiscs.

Os idosos também devem ser atentar a manter uma rotina que inclua exercícios físicos moderados. A prática constante é um meio de evitar tombos e manter os músculos firmes e o reflexo em dia.

“Segundo a OMS, idosos fisicamente ativos tem a menor prevalência de depressão se comparado a idosos que não praticam atividade física. A autoestima está diretamente ligada a isso”, completa Maria Simone Barreto, fisioterapeuta.