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Governo de SP lança Plano Estadual de Combate ao Aedes

O Governo do Estado de São Paulo lança neste sábado, 2 de fevereiro, um Plano Estadual de Combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.

Trata-se de uma grande mobilização, que será realizada ao longo de todo o mês de fevereiro, para envolver a sociedade e os municípios paulistas em torno da necessidade de eliminação de focos do mosquito.

Entre 11 e 16 de fevereiro será realizada uma Semana Especial, em parceria com os municípios, com ações coletivas como arrastões, limpezas e eliminação de criadouros, além de distribuição de materiais informativos para a população.

O plano ainda prevê ações integradas entre a Secretaria da Saúde e outras pastas e órgãos do governo do Estado.

A Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), fará a distribuição de panfletos em algumas praças de pedágio, além de inserir mensagens de orientação sobre combate ao Aedes nos letreiros das rodovias. No dia 13 de fevereiro está prevista a realização de um “Dia D” de limpeza nas margens das rodovias, para retirada de pneus, entulhos e outros itens que podem ser potenciais criadouros do mosquito.

Agentes da Defesa Civil farão, ao longo do mês de fevereiro, ações especiais juntamente com profissionais da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) em cidades consideradas prioritárias, de acordo com os índices de infestação.

No dia 16 de fevereiro, as Secretarias da Saúde e do Meio Ambiente farão uma ação de combate contra o Aedes aegypti e de conscientização nos parques estaduais, com apoio da Sucen e distribuição de materiais informativos.

Saúde e Educação também deverão realizar, em fevereiro, um Dia Especial de combate ao mosquito transmissor da dengue nas escolas estaduais, com mobilização dos alunos para “caça” a possíveis criadouros em toda a rede.

O governo estadual estuda, ainda, a criação de um “selo de qualidade” a ser entregue aos municípios que reduzirem ou mantiverem índices de infestação de larvas do mosquito em níveis satisfatórios.

No mês de janeiro foram registrados 4.595 casos confirmados de dengue. Dez cidades concentram 77,4% dos casos de dengue confirmados e somam 3.507 casos.

Treinamento

A Secretaria de Estado da Saúde vem realizando, desde janeiro, treinamento técnico para manejo clínico de casos suspeitos de dengue nos serviços de saúde dos municípios.

A ação ocorre visando capacitar os profissionais para identificação de potenciais casos graves, em razão da circulação do sorotipo 2 da doença no Estado, o que não ocorria há muito tempo. Como a população não está imune ao tipo 2, quem já contraiu a doença, caso seja novamente infectada, pode evoluir para um caso mais grave clinicamente.

A primeira capacitação envolveu toda a região de Araçatuba. Os próximos deverão incluir as macrorregiões de Botucatu, Ribeirão Preto, Campinas e Região Metropolitana / Litoral do Estado.

As ações da Secretaria da Saúde também envolvem a realização de videoconferências para gestores municipais, no sentido de definir estratégias locais de combate ao Aedes aegypti e de assistência à população.

“Estamos trabalhando de forma articulada, em parceria com outras secretarias e órgãos do governo do Estado, e com os gestores municipais, para combater o Aedes e as doenças que ele transmite, bem como garantir a devida assistência aos pacientes com casos suspeitos de dengue e demais arboviroses. Contamos com o imprescindível apoio da população, no sentido de contribuir para a eliminação de possíveis criadouros do mosquito, uma vez que 80% dos focos são localizados dentro dos municípios”, afirma o secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann.

 

Fábrica da vacina Dengue iniciará testes de produção industrial em fevereiro

A fábrica de vacina da Dengue do Instituto Butantan teve as obras físicas concluídas em setembro de 2018. A unidade já passou por processos de qualificações técnicas e operacionais e neste mês de fevereiro será iniciada a fase de testes de produção industrial.

Ainda em 2019, a fábrica passará por testes de validação e estudos de estabilidade (validade do produto) e deverá entrar, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o pedido para obtenção do certificado de Boas Práticas de Fabricação (BPF). Após a aprovação da agência, a fábrica fica à disposição e aguardando a finalização dos ensaios clínicos para registro da vacina, produção e fornecimento ao Ministério da Saúde.

A vacina que vem sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan é tetravalente, ou seja, protege contra os quatro sorotipos e está em fase final de testes clínicos.

A fase III e final dos estudos começou em 2016. Ela é realizada em 16 centros de pesquisa clínica, distribuídos nas cinco regiões do país e envolverá, até o seu final, 17 mil voluntários. Nesta última etapa da pesquisa, o objetivo principal é demonstrar a eficácia da vacina.

O processo de recrutamento e vacinação em voluntários já foi finalizado para as faixas etárias de 7 a 17 e 18 a 59 anos, sendo mantido apenas na faixa etária de 2 a 6 anos de idade. Após a imunização com uma dose da vacina, os voluntários são acompanhados por um período de 5 anos. Até o momento todos os voluntários seguidos não apresentaram reações adversas significativas, ou seja, a vacina tem se mostrado segura.