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Hepatites virais lideram casos de transplantes de fígado

  65% dos transplantados de fígado contraíram cirrose por hepatites B ou C, aponta levantamento do Hospital de Transplantes

Na semana em que se celebra o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais (28 de julho), o Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo gerenciada em parceria com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), faz um alerta: 65% dos pacientes transplantados de fígado na unidade desde 2010 na unidade eram portadores de hepatites B ou C que evoluíram para cirrose.

O coordenador dos transplantes de fígado do hospital, Carlos Baía explica que, segundo estimativas, cerca de 3% da população mundial pode estar infectada com o vírus da hepatite C.

“Infelizmente, na maioria dos casos que atendemos, a pessoa só descobre que tem o vírus da hepatite C quando o único e último tratamento possível já é o transplante de fígado, com a cirrose em estágio avançado”, ressalta.

Consideradas um grave problema de saúde pública, as hepatites virais são doenças silenciosas que muitas vezes não apresentam sintomas. Somente após exames de sangue específicos é que se pode confirmar o diagnóstico. O contágio da hepatite B ocorre por fluidos corpóreos, por meio do sangue de uma pessoa contaminada, pela relação sexual sem o uso do preservativo, ou de mãe para filho pelo cordão umbilical. A doença já pode ser prevenida com vacina disponível na rede pública de saúde.

No caso da hepatite C, a transmissão acontece somente pelo sangue já contaminado com vírus. Pode se contrair hepatite C por alicates de manicures, piercings, tatuagens, navalhas de barbeiros, consultórios dentários que não utilizam material descartável ou esterilizado adequadamente. É importante também observar que compartilhar escovas de dente e lâminas de barbear aumenta o risco de contágio da hepatite C.