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Instituto Butantan chega à reta final da sua Fábrica de Anticorpos Monoclonais

No final deste 1º semestre de 2020 será concluída a construção da Fábrica de Anticorpos Monoclonais do Butantan. O projeto vai representar um grande passo na área de biotecnologia porque, até então, o Instituto produzia apenas soros e vacinas. Conheça mais sobre a fábrica neste vídeo.

“O Instituto Butantan precisa evoluir e precisamos acompanhar a biotecnologia moderna”, conta Dimas Tadeu Covas, diretor do Instituto.

Anticorpos são proteínas produzidas pelo nosso sistema imunológico para nos proteger de agentes invasores, como, por exemplo, vírus e bactérias. O uso de anticorpos monoclonais no tratamento do câncer e doenças autoimunes pode também ser chamado de imunoterapia.

“O anticorpo monoclonal tem um mecanismo de ação que reconhece a célula tumoral e procura destruir essa célula preservando as células saudáveis. Os efeitos colaterais são bem menores porque você vai direto no alvo”, explica a gerente de produção da fábrica, Fabiana Belasco Guilhen.

“Esse método pode servir para determinados tipos de câncer, mas não só, como algumas doenças degenerativas, e o Instituto vem desenvolvidos pesquisas em relação a isso também”, completa Covas.

Os anticorpos monoclonais são medicamentos  para tratar câncer e doenças crônico-degenerativas. Este tipo de tratamento, altamente avançado, é uma tendência no mundo todo e já existe no SUS (Sistema Único de Saúde), mas depende hoje de importação e é considerado de alto custo. A nova fábrica, que fica entre o parque e o Centro Administrativo, tem cinco mil metros quadrados, divididos em quatro pisos. Após sua conclusão, a próxima etapa é a de instalação de equipamentos e treinamento de equipes.

“Essa obra tem parte de reaproveitamento de água pluvial, a parte de reaproveitamento de condensado que retorna para nossas caldeiras, fazendo com que não haja perda de água”, comenta Clayton Ribeiro Sobrinho, gestor de projeto e obras do Butantan.

A meta do Butantan é passar a produzir seis medicamentos já a partir do ano que vem. O projeto teve investimento inicial de R$ 60 milhões.

“Estou muito realizada, pois é um projeto grande não só pelo tamanho mas por tudo que ele engloba. É muito gratificante estar trabalhando nesse projeto”, relata Milla Christie Ribeiro, engenheira de obra do projeto.