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Museu Histórico ganha prêmio internacional pelo projeto Mulheres na Ciência

O Museu Histórico do Instituto Butantan recebeu neste mês o Prêmio de Boas Práticas em Ações Educativas pelo projeto “Mulheres na Ciência”, que desde 2017 promove uma série de atividades especiais pelo Dia Internacional da Mulher. O prêmio é do Comitê de Educação e Ação Cultural (Ceca, na sigla em inglês),

“Esse projeto possui uma continuidade crescente, ou seja, começou pequeno e foi crescendo com um eixo, que é divulgar as mulheres da ciência. Como esse tema é global e importante, isso dá valor ao projeto, assim como o fato de trabalhar com diferentes linguagens e com a nossa coleção expositiva. Também trabalhamos com redes sociais e um público variado. Tudo isso me fez ver que o projeto estava bem lapidado para a inscrição ao prêmio” afirmou Adriana Mortara, diretora do Museu Histórico.

Além do projeto do Museu Histórico, outras quatro iniciativas de Singapura, Holanda e Taiwan foram premiadas. O prêmio de Boas Práticas em Ações Educativas é uma ferramenta para promover internacionalmente as ações com dos museus que tenham viés de educação. A premiação também utilizada como ferramenta para que o Comitê de Educação e Ação Cultural possa avaliar a forma como as instituições vêm promovendo a educação em seus espaços.

O Ceca é um dos 31 comitês do Conselho Internacional de Museus (Icom, na sigla em inglês). O comitê é um dos maiores do conselho e tem 1.412 membros individuais e 172 membros institucionais de 89 países. O prêmio de boas práticas existe desde 2012 e a cada ano premia 5 iniciativas de educação em museu.

O próximo passo agora é apresentar o projeto em Quioto (Japão) na 25ª Conferência Geral do Icom, que acontece em setembro deste ano. Para isso, Adriana contará com uma ajuda de custo de 400 Euros recebidos com o prêmio Ceca e com uma bolsa da Fapesp, a qual se inscreveu e aguarda o resultado. “Costumo dizer que nosso trabalho é tão bom quanto qualquer outro feito no mundo. Temos, sim, algumas limitações, como econômicas por exemplo, mas como eu participo dessas reuniões desde os anos 90, vejo que o Brasil hoje vai de igual para igual, há trabalhos exemplares aqui”, afirmou Adriana.