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Número de partos cresce 50% em mulheres com idade superior a 40 anos

Balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, divulgado previamente ao Dia das Mães, aponta que a gravidez em mulheres com mais de 40 anos cresceu 50% nos últimos dez anos. Em 2018, foram 23.384 partos, contra 15.396 em 2008. Verifica-se ainda crescimento considerável na faixa de 30 a 39 anos, no mesmo período, saltando de 176.729 partos em 2008 para 234.298 no ano passado, o que representa um aumento de 32%.

Segundo a coordenadora de Saúde da Mulher da pasta, Marisa Ferreira da Silva, os números estão ligados diretamente ao contexto socioeconômico atual. “Atualmente, as mulheres planejam melhor para o momento da gravidez e, no geral, optam pela dedicação aos estudos e a carreira antes de engravidar”, afirma.
Nessa linha de raciocínio, o balanço também indica queda de 11% no número de partos em mulheres de 20 a 29 anos. Em 2018, foram 279.344 procedimentos, 35.795 a menos em comparação a dez anos atrás.
A maior queda verificada nesse período foi de 28% nos partos de jovens e adolescentes, ou seja, menores de 20 anos. Em 2018 foram registrados 67.610 partos e, em 2008, 94.459 procedimentos.

Para a coordenadora do Programa Saúde do Adolescente da Secretaria, Albertina Duarte Takiuti, os dados apresentados acima são provenientes de políticas públicas adotadas no Estado de São Paulo. “É um resultado importante, que foi possível graças a ações integradas do Estado, em parceria com os municípios. Iniciativas que ampliam o conhecimento e o debate auxiliam os profissionais a qualificar o atendimento a essas jovens e sensibilizam gestores para criação de novas ações de atenção à saúde do adolescente”, explica.

A médica também ressalta que as iniciativas de conscientização coletiva e a consolidação de serviços específicos sobre esse público, a exemplo das Casas do Adolescente, bem como a distribuição gratuita de preservativos e contraceptivos em todo o Estado, foram fundamentais para a redução da gravidez na adolescência. Os preservativos começaram a ser distribuídos no Estado de forma regular a partir de 1994. Atualmente, SP distribui uma média de 60 milhões de camisinhas masculinas e 2,7 milhões de preservativos femininos por ano.