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Número de violência contra idosos reduz em São Paulo

No mês de junho é celebrado mundialmente a Conscientização da Violência contra o Idoso. As estatísticas no Estado de São Paulo não são muito animadoras, mas, der acordo com levantamento do Disque 100 do Governo Federal, o mês de junho representou uma queda de quase 2% no número de denúncias, em comparação com 2016, quando recebeu o total de 7.284 ligações.

Ainda de acordo com o Disque 100, negligência, violência psicológica, abuso financeiro e econômico, violência patrimonial, violência física estão entre as principais violações contra esta população. Em 38% dos casos, a violência acontece por negligência, seguida de violência psicológica, com 27%. O abuso financeiro e a violência patrimonial superam 18%, segundo as estatísticas.

“Existem muitos tipos de violência contra idosos, e, na maioria dos casos, os agressores são causadas por pessoas próximas, como filhos, netos, cuidadores ou familiares”, explica Andréia Magalhães, coordenadora do Serviço Social do Centro de Referência do Idoso (CRI) da Zona Norte, unidade da Secretaria.

Andréia explica que, para cada tipo de agressão, há os sintomas específicos, mais fáceis de serem identificados. No caso das agressões físicas, por exemplo, o aparecimento de hematomas é um dos primeiros sinais de agressão a serem notados. Para este tipo de violência, também é comum mudanças de comportamento, como isolamento e depressão.

Para enfrentar a violência contra pessoas idosas, o Governo de São Paulo conta com uma ampla rede de serviços socioassistenciais, realizando ações preventivas e atendimento a idosos em situação de violência, como os 1103 CRAS e 283 CREAS.

Em 2012, criou o Programa SP Amigo do Idoso, com o objetivo de tornar os municípios paulistas ambientes mais seguros para a população, diante de seu acelerado envelhecimento. Atualmente, há 56 Centros Dia do Idoso (CDI), 48 Centros de Convivência do Idoso (CCI), e mais 210 equipamentos semelhantes aos CCIs no Estado, totalizando 314.

“É necessário incorporar o tema da violência contra idosos entre toda a sociedade, a fim de se criar uma cultura para o envelhecimento com foco na garantia de direitos”, afirma o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Gilberto Nascimento.

O Governo de SP tem investido principalmente no fortalecimento da rede de proteção social, por meio da implantação de novos equipamentos e serviços de atenção a pessoa idosa, buscando fortalecer os vínculos familiares, ofertar cuidados e prevenir situações de violência.

A cidade de Campinas é um dos destaques na queda dos índices registrados de violência contra os idosos. Em 2017, foram 30% menos denúncias somente no primeiro semestre do ano.

O prefeito Jonas Donizette (PSB) destacou como medidas visíveis para a população idosa o novo centro de Referência do Idoso, a ampliação do atendimento médico domiciliar e as ações do programa Meu Bairro Bem Melhor, no qual as calçadas são adaptadas para promover a acessibilidade.

“É uma corrida que não tem linha de chegada, a gente caminha, mas sempre tem um pouco mais a ser feito. O poder público é importante,mas muito do desrespeito às pessoas idosas acontece em âmbitos sociais, é uma questão cultural que nós temos que trabalhar com a sociedade”, comenta.