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Pacientes ganham Barco Dragão em programa de reabilitação do câncer de mama

As pacientes que fizeram tratamento contra o câncer de mama no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade do Complexo do Hospital das Clínicas, ligado à Secretária de Estado da Saúde e a Faculdade de Medicina da USP, remaram pela primeira vez dentro de um Barco Dragão, oficial para competições. O evento de batismo do barco deu início às ações do Outubro Rosa, no movimento #ÉPraFrenteQueSeRema, com direito a revoada de balões, dentro da Raia Olímpica da USP, nesta terça-feira (3).

A aquisição do Barco Dragão, este que veio diretamente da China, foi patrocinada pela Associação para a Educação, Esporte, Cultura e Profissionalização da Divisão de Reabilitação do Hospital das Clínicas (AEDREHC), e possibilitará o aumento no número de vagas dentro do programa que faz do remo um aliado na reabilitação de mulheres que passaram pelo tratamento oncológico.

O programa “Remama”, realizado pelo Icesp e a Rede de Reabilitação Lucy Montoro, ligada a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e, também, em parceria com o Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp), foi lançado em 2013, inspirado em um movimento mundial de superação da doença através do esporte. A iniciativa busca minimizar a reincidência da doença em virtude do aumento da resistência física e melhora do sistema imunológico, mas, também, resgatar a qualidade de vida dessas mulheres, estimulando a interação social e elevando a autoestima delas.

As pacientes de mama que passaram por cirurgia ou sessões de quimioterapia podem fazer parte do programa, que oferece treinamento com exercícios de remada, dentro do Centro de Reabilitação do hospital e, em seguida, a prática do esporte, ao ar livre, na Raia Olímpica de Remo da USP, sempre monitoradas por profissionais de educação física.

Com a prática do esporte, a reincidência da doença é minimizada em virtude do aumento da resistência física, que influencia na melhora do sistema imunológico para trabalhar no combate ao desenvolvimento de doenças. A prática de exercícios pode auxiliar tanto na prevenção do câncer, quanto na reabilitação da doença, explica Dra. Dra. Christina May Moran de Brito, Coordenadora Médica do Serviço de Reabilitação do Icesp.

A equipe de remadoras, que foi batizada pelas próprias pacientes como “Remama Dragão Rosa”, em breve, participará de duas competições importantes. Além de ser uma das duas equipes brasileiras inscritas no IBCPC (International Breast Cancer Padlers Commission), em outubro, integrará a segunda edição do Kaora.

A novidade está relacionada à Iniciativa Global de Reabilitação em Câncer, uma iniciativa da Secretaria de Estado de Direitos da Pessoa com Deficiência, com o apoio do Nacional Institutes of Heslth (NIH) e em parceria com a Sociedade Internacional de Medicina Física e a Reabilitação (ISPRM) e a Associação Brasileira de medicina Física e Reabilitação (AMBFR). Originada nos Estados Unidos, a iniciativa é liderada pelo NIH e visa fortalecer a ação não só de médicos e equipes de reabilitação, mas também dos pacientes ao influenciar na análise da capacidade funcional e melhoria da qualidade de ia por meio do desenvolvimento e da implementação de estratégias de reabilitação eficazes.

No rumo da prevenção

O Icesp, em parceria com a Rede de Reabilitação Lucy Montoro e o Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp), lançou a hashtag #ÉPraFrenteQueSeRema para levantar a bandeira da atividade física na prevenção do câncer de mama, no movimento Outubro Rosa, mês de conscientização sobre a doença.

A ideia é incentivar a população a usar a hashtag da campanha quando publicarem fotos de como fazem para “remar” e levar a vida para frente, seja na prática de atividades físicas, na escolha de um prato saudável ou em momentos que trazem, de alguma forma, satisfação e saúde.

Nesta terça-feira (3), uma árvore também foi colocada na Raia Olímpica da USP, para que as remadoras deixassem suas mensagens de superação penduradas em papel de carta, no formato de barquinhos, direcionadas às pacientes do Instituto do Câncer. No decorrer do mês, a árvore será levada para vários setores do hospital, com intuito de que todas as pacientes possam colher suas mensagens e deixar outras no lugar, numa correnteza de incentivos contra a doença.