A orientação muda para quem já treina pesado ou está habituado a fazer exercícios físicos. Nestes casos, é interessante diminuir um pouco o ritmo no calor intenso para que o corpo também possa descansar. “Isso vai permitir que você possa praticar sua atividade física, de maneira saudável, o ano inteiro”, explica o médico especializado em Medicina do Esporte, Samir Daher, que dirige o Serviço de mesmo nome no Hospital do Servidor Público Estadual.
Os dias de verão costumam ser muito quentes com picos de temperatura entre as 10h e 15h, horários que devem ser evitados por quem gosta de praticar atividade física ao ar livre. A orientação é se exercitar no início da manhã ou final da tarde quando o calor está ameno. Uma opção é treinar em ambientes fechados e usufruir do ar-condicionado ou ventilador existente nas academias, que ajudam a controlar a temperatura do corpo.
Independentemente do local e do tipo de treino, a principal dica é manter a hidratação constante do organismo. Nos dias muito quentes a desidratação é maior do que nos dias com temperatura normal, pois a nossa transpiração ocorre ao longo de todo o dia e não só durante a prática de exercício. “Deve-se ficar atento aos sinais de cansaço e fadiga, mesmo que esteja em ambiente com ar condicionado”, diz o médico.
“A desidratação ocorre quando a perda de água corporal não é reposta adequadamente”, explica o médico Luis Felipe Cintra. “A desidratação pode ocorrer em qualquer idade, porém em crianças e idosos, pode evoluir gravemente. Nestes casos, a intervenção médica é indispensável”.
O especialista lembra que a pessoa que faz atividade física regular geralmente já “conhece” seu corpo. Assim, qualquer sinal diferente do habitual é um aviso de que algo não está indo bem, como por exemplo, uma dor muscular, tontura, cansaço exagerado, dor no peito, entre outros. Caso algum desses sintomas apareçam é recomendado parar o exercício imediatamente.