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Problemas de saúde bucal impactam metade dos adultos paulistas, aponta estudo

De acordo com estudo epidemiológico realizado pela Secretaria de Estado da Saúde, com apoio da FAPESP, em 163 municípios do Estado, problemas de saúde bucal, sobretudo dor de dente, sangramento na gengiva e doença periodontal, são motivo de incômodo para 50,57% dos adultos entre 35 e 44 anos.

“O resultado é preocupante. O impacto da saúde bucal nas atividades diárias é muito alto no Estado de São Paulo, que tem uma estrutura de serviços públicos em saúde bucal e um PIB maior do que o de outros estados brasileiros. São problemas absolutamente tratáveis e que estão impactando metade dos indivíduos dessa faixa etária”, disse Antônio Carlos Pereira, professor da FOP-Unicamp e um dos coordenadores da pesquisa SB SP 2015.

Entre os principais motivos de incômodo encontrados no estudo estão problemas relativamente simples, como dor de dente, sangramento e bolsa periodontal. Esta última doença, em estágio avançado, pode causar abscesso, dor e constrangimento. Trata-se do afastamento entre a gengiva e o dente, gerando acúmulo de placa, o que pode, no futuro, acarretar perda óssea e do dente.

“Na população adulta, a dor contribui para o absenteísmo do trabalho e pode afetar as atividades diárias, a produção econômica e o trabalho dos indivíduos”, disse Giovana Renata Gouvêa, pesquisadora da FOP-Unicamp, docente da Fundação Hermínio Ometto (FHO/Uniararas) e autora principal do artigo.

Uma solução que pode ser encontrada para reduzir esses número é investir na importância de cuidar da saúde bucal desde a infância.

“Ensinar a higienização completa às crianças auxilia a evitar a formação da cárie, que pode ser uma porta aberta para outras doenças, não só na boca, mas no organismo, sobretudo em pacientes mais debilitados”, afirma a supervisora de Odontologia do Darcy Vargas, Ana Rosa Maurício.