Pular para o conteúdo

Programa ‘Mulheres de Peito’ supera 500 mamografias em carreta-móvel na zona Sul de SP

Unidade instalada próximo ao Largo 13 desde 26 de dezembro detectou 5 casos suspeitos de câncer em duas semanas de funcionamento; segunda carreta será instalada em Diadema em fevereiro

Em apenas duas semanas, a primeira carreta-móvel do programa estadual “Mulheres de Peito”, iniciativa do governo paulista, realizou 537 exames de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde) na capital paulista. A ação, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, tem o objetivo de estimular o diagnóstico precoce do câncer de mama.

Nesse período o novo serviço funcionou por 10 dias (excluindo domingos e feriados de Natal e Ano Novo). A média de mamografias realizadas foi de 54 por dia ou cinco por hora.

Já foram entregues 485 laudos das mamografias realizadas nesse período. Desses, três casos apresentaram resultados compatíveis com câncer e dois com alta suspeita da doença. As cinco pacientes foram encaminhadas para o hospital estadual Pérola Byington, na região central da capital. Outros 50 casos necessitam de exame complementar para composição de diagnóstico – uma ultrassonografia com biopsia, que será realizada na própria unidade itinerante.

O novo programa estadual “Mulheres de Peito” visa incentivar as mulheres paulistas com idades entre 50 e 69 anos a realizarem exames preventivos de mamografia a cada dois anos na rede pública. Também tem o objetivo de promover o rastreamento contínuo e organizado da doença para detecção precoce de tumores malignos, inclusive em fase em que a mulher ainda não apresente sintomas. O câncer de mama é a maior causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em São Paulo.

A expectativa do programa é realizar cerca de 60 mil mamografias a mais por ano por meio das unidades itinerantes. A segunda carreta-móvel será implantada em fevereiro no município de Diadema.

As mulheres com faixa etária entre 50 e 69 anos não necessitam apresentar pedido médico para realizar a mamografia na unidade móvel. Pacientes fora dessa faixa etária também poderão fazer o exame na carreta, mediante apresentação de pedido médico emitido tanto na rede pública quanto na particular.

Instalada por um período de teste de 30 dias na rua Adolfo Pinheiro (bairro de Santo Amaro, zona sul da capital), a carreta tem 15 metros de comprimento, 4,10 metros de altura e, quando aberta, 4,90 metro de largura. Além do mamógrafo, a base-móvel também é equipada com aparelho de ultrassom, conversor de imagens analógicas em digitais, impressoras, antena de satélite, computadores, mobiliários e sanitários.

Com investimento de R$ 14 milhões, outras três carretas-móveis e um caminhão adaptado irão percorrer todo o o Estado ainda neste ano, incluindo locais distantes onde o exame não é ofertado gratuitamente. O caminhão oferecerá estrutura similar às das carretas e, inclusive, será usado em municípios menores e de difícil acesso do interior.

“Os principais objetivos desta ação são suprir os locais que possuem demanda reprimida e espera para a realização de mamografia, assim como estimular o rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de mama, que tem alto índice de mortalidade. Quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de sucesso no tratamento”, afirma o secretário de Estado da Saúde David Uip.

O horário de funcionamento da carreta-móvel é de segunda à sexta-feira, das 9h às 20h, e aos sábados das 9hàs 13h. As imagens captadas pelos mamógrafos serão encaminhadas para o Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (Sedi), serviço da Secretaria que emite laudos à distância, na capital paulista. O resultado sai em até 48 horas após a realização do procedimento.