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Rede Hebe Camargo conta com assistência médica integrada

Em São Paulo, as vítimas de câncer têm um grande suporte no combate à doença, graças à Rede Hebe Camargo, criada em 2013 pela Secretaria de Saúde do Governo do Estado. Com nome em homenagem à falecida atriz e apresentadora, a rede conta com 76 hospitais e institutos espalhados por todo Estado. A proposta é oferecer assistência integral, de qualidade e resolutiva à doença, com base nas diretrizes do SUS.

Hebe foi um dos símbolos do país na luta contra um câncer no peritônio (membrana do aparelho digestivo), e a Rede que leva seu nome também caminha para ser uma referência nacional no combate à doença, já que, graças a ela 92% dos pacientes de câncer no estado podem fazer o tratamento perto de casa e da família. A rede faz 5 milhões de atendimentos por ano, entre diagnósticos, internações, quimioterapia, radioterapia e cirurgias.

“Nós oferecemos atendimento humanizado e uma estrutura médica totalmente integrada com o SUS”, ressalta o secretário de Estado da Saúde, Marco Antônio Zago.

A Rede Hebe Camargo padroniza e garante a qualidade do atendimento em hospitais que se tornaram referência no combate à doença em território paulista. A partir dela, o serviço passou a ser mais organizado e acessível, além de reduzir o tempo de espera entre diagnóstico e tratamento.

Um grande componente desse cenário é a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS), que regula os casos de câncer desde 2014 e garante assistência às necessidades imediatas do paciente.

COMO FUNCIONA

Na prática, o atendimento primário é feito em uma unidade de saúde do município. Apresentado o indício de câncer, a CROSS encaminha o paciente a uma das 76 unidades da Rede Hebe Camargo.  “É uma regulação individual, um diagnóstico analisado por pessoa, região e gravidade. Assim, conseguimos ter uma avaliação mais rápida e mais perto da casa do paciente”, explica a coordenadora da Rede, Sônia Alves. “Nós oferecemos atendimento humanizado e uma estrutura altamente qualificada que fortalece a assistência oncológica.”

Só em 2017, o Portal da CROSS registrou cerca de 40 mil agendamentos realizados na Rede Hebe Camargo com base nas agendas reguladas. Além disso, vale destacar que a maioria desses procedimentos foi realizado dentro dos próprios Departamentos Regionais de Saúde dos municípios em questão. Isso implica que 94,2% das pessoas agendadas em toda a Rede tiveram assistência hospitalar próxima a sua residência.

A diretora de desenvolvimento de saúde do estado, Cristina Moro, pede atenção a cada município com o os sinais demonstrados pelos pacientes, afinal, quanto maior a antecedência na identificação de um quadro oncológico, maiores as chances de cura. “É importante que os municípios se preocupem com o diagnóstico precoce dos pacientes, para que, assim que chegam a uma instituição como a nossa, tenham maiores chances de cura. Através de uma equipe estruturada e profissionais preparados, nós conseguimos oferecer mensalmente 500 vagas à Rede.”

Outro aliado importantíssimo na luta contra o câncer é realizar check-ups médicos frequentemente nas unidades de saúde dos municípios paulistas, mas não custa relembrar que a maior das maneiras de prevenção é ter hábitos de vida saudáveis. “Além de realizar os exames preventivos, é importante que as pessoas saibam que o câncer, na maioria das vezes, pode ser evitado. Por isso é importante que tenhamos hábitos saudáveis desde cedo”, comenta a chefe de oncologia clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Dra. Maria Del Pilar Estevez Diz.

EM TODO O ESTADO

Na capital, o Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira é um dos membros da rede. O centro é componente do maior e mais importante complexo de atendimento médico e hospitalar da América Latina. Mas a Rede está espalhada por todas as regiões do estado, como o Hospital das Clínicas de Botucatu e o Hospital Luzia de Pinho Mello, em Mogi das Cruzes. Este último presta atendimento ambulatorial e de quimioterapia com uma equipe multidisciplinar (médico oncologista, enfermeiro, farmacêutico, nutricionista, assistente social, fonoaudiólogo) capacitada para realizar a avaliação e o acompanhamento, oferecendo atendimento humanizado e com mais alto padrão de qualidade a pacientes internados e ambulatoriais da região do Alto Tietê.

Já em Jaú, o Hospital Amaral Carvalho está equipado para receber os principais tipos de câncer da região, além de ser a instituição que mais realiza transplante de medula óssea em toda América Latina. A entidade, associada à Hebe Camargo, atende mais de 70 mil pacientes em tratamento por ano.

CÂNCER DE MAMA

Outra iniciativa do Governo de São Paulo é contra o câncer de mama, a doença que mais preocupa as mulheres. Por isso criou o programa “Mulheres de Peito”, para atender pacientes entre 50 e 69 anos sem pedido médico e gratuitamente. Nesta idade, elas estão mais propensas a desenvolver a patologia. Para quem tem menos de 50 anos, o atendimento também é feito, mediante pedido médico, cartão do SUS e RG. Basta ligar gratuitamente para 0800-779-0000 e agendar o exame, a mamografia. Há ainda as quatro carretas que circulam por todo o Estado.

“O câncer de mama é a maior causa de morte por tumores em mulheres no Brasil e também em São Paulo. Por isso, criamos esse programa com o objetivo de ampliar e facilitar o acesso das mulheres ao exame de mamografia e, consequentemente, agilizar o diagnóstico e tratamento para a doença que possui grandes chances de cura se for descoberta e tratada precocemente”, aponta o oncologista Bruno Sílvio.