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Remama leva mulheres para Raia Olímpica da USP

Realizado desde em 2013 em parceria com a Rede de Reabilitação Lucy Montoro, o processo começa com exercícios em aparelhos de remada semelhantes aos que existem em academias. As pacientes que sabem nadar vão em seguidas para barcos de treino, numa área à parte da Raia Olímpica, e depois têm a chance de remar em barcos de 4 e 8 lugares, além de canoas individuais.

Pacientes que fazem tratamento para se recuperar do câncer de mama têm no esporte a chance de acelerar o processo de reabilitação. E uma das ações é o Remama, projeto criado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, que leva as mulheres para remam na Raia Olímpica da Cidade Universitária.

“O câncer é uma doença que carrega muitos estigmas, principalmente no que diz respeito à aparência. Por isso, enquanto estão em tratamento, os pacientes precisam ser incentivados, motivados. A autoestima elevada tem sido associada a baixos níveis de depressão e tensão, favorecendo a recuperação social e física. Nosso principal objetivo é resgatar o ânimo dos pacientes, inspirá-los a se olharem além da doença”, explica a coordenadora de humanização do hospital, Maria Helena Sponton.

De acordo com especialistas, o aumento da resistência física e a melhora do sistema imunológico auxiliam no processo de recuperação. O esporte também ajude no resgate da qualidade de vida, estimulando a interação social e elevando a autoestima das pacientes.

“A prática de exercícios pode trazer inúmeros benefícios ao paciente oncológico, por melhorar a aptidão física, a autoestima e a saúde mental. O esporte contribui, ainda, para a redução de quadros dolorosos, da fadiga, dos transtornos do humor e dos distúrbios do sono, altamente prevalentes neste grupo de pacientes”, ressalta Christina Brito, coordenadora médica do serviço de reabilitação.

Combate ao Câncer

Com sete unidades de atendimento na Capital, a Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer oferece suporte organizado e acessível aos pacientes que são cadastrados no Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS), serviço que existe desde 2014 e regula os tratamentos oncológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“ O governo do Estado deseja justamente facilitar o acesso das mulheres ao exame de mamografia e, consequentemente, agilizar o diagnóstico e tratamento precoce para a doença”, diz Marco Antônio Zago, secretário de Estado da Saúde.

A Rede Hebe Camargo foi criada em 2013 e ganhou esse nome em homenagem à apresentadora de TV que faleceria no ano seguinte, vítima de um câncer no peritônio (membrana do aparelho digestivo).

“A parceria do Governo do Estado conta com a rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer, oferece estrutura altamente qualificada para tratamento dos pacientes oncológicos, com atendimento humanizado, uma iniciativa diferenciada que fortalece a assistência oncológica”, afirma o governador do Estado de São Paulo, Márcio França