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Risco de contaminação de alimentos é maior no verão

Dias quentes pedem cuidados redobrados para a conservação de alimentos perecíveis, como vegetais, leite e derivados, peixes e camarões por estarem sujeitos à contaminação de microorganismos, que se proliferam nas altas temperaturas no verão. São vírus e bactérias que provocam infecções gastrointestinais.Um prato que preocupa bastante durante o verão é a maionese. O risco de contaminação é ainda maior porque o ovo pode estar contaminado antes do preparo. Por isso, deve ser mantido sob refrigeração adequada e evitar manter em temperatura ambiente, exceto se para uso imediato.

“Os microorganismos ingeridos no alimento contaminado causam inflamação na mucosa do tubo digestivo, é a chamada Gastroenterite Aguda (Geca). Seus sintomas são náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia e febre”, alerta a médica gastroenterologista do Iamspe, Maria Alice de Magalhães Scaramello.

Quando houver esse quadro, é indicado beber muita água. Mas atenção, pois esta também pode sofrer contaminação e deve ter procedência confiável.

“A principal complicação da doença é a desidratação, portanto a reposição de água tem de ser imediata em crianças e idosos, pode-se fazer uso de soro caseiro. A prescrição de antibióticos é restrita a casos selecionados e a diarreia tende a ceder em até cinco dias”, completa a médica.

Para quem opta por comer fora de casa, é preciso estar atento a alguns detalhes, como “verificar se os alimentos expostos para o consumo em balcões estão protegidos contra poeiras, insetos e contra contaminantes oriundos dos consumidores”, alerta Maria Alice. “Fique atento também na temperatura do balcão térmico: os alimentos quentes devem estar a uma temperatura mínima de 60ºC por no máximo 6 horas e os alimentos frios até 10ºC por no máximo 4 horas”.

Para quem quer economizar durante as viagens à praia e levar sua própria comida está liberado, mas cuidado! O gastroenterologista Nilton Carlos Machado diz que é preferível evitar preparações com ovos, maionese e carnes, que podem ser facilmente contaminadas, caso não sejam armazenadas adequadamente. Ele também alerta as pessoas que vão viajar e optam por levar alguns gêneros alimentícios comprados em sua cidade de origem.

“É preciso redobrar os cuidados relacionados com sua conservação e transporte, observando a temperatura de conservação dos alimentos (manter em baixa temperatura em isopor com gelo), manutenção da integridade das embalagens, tempo de transporte seguro (cuidado com viagens muito longas), utensílios utilizados para preparo e consumo dos alimentos durante e após a viagem (especialmente com a água usada para o seu preparo e limpeza)”, explica.