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Saúde alerta população para o combate ao glaucoma

O glaucoma pode causar cegueira se não for tratada. Um dos principais fatores de risco da doença é a pressão ocular elevada. Outras causa, entretanto, podem ser determinantes, como: raça (pessoas da raça negra), histórico de glaucomia na família, diabetes, uso prolongado de cortisona e pressão alta.

De acordo com especialistas, por ser uma doença silenciosa e que não apresenta sintomas, a maioria dos casos encaminhados ao hospital já estão com 90% da visão comprometida, sem possibilidade de recuperação. A indicação é que a partir dos 40 anos sejam realizados periodicamente exames oftalmológicos específicos para verificar o fundo do olho e pressão ocular.

“O glaucoma é uma doença que afeta o olho, crônica e que vai evoluindo e matando, lentamente, o nervo do olho. Normalmente, os fatores de risco é a pressão do olho elevada até levar à cegueira, caso não seja tratado corretamente”, explica o oftalmologista Rodrigo Cervellini.

Adauto Mendes de Souza, aposentado, sentiu como se fosse uma pele soltando do olho. “Era como um cisco ou muitas vezes parecia um formigueiro, mas por conta do serviço fui deixando passar”. Quando procurou ajuda médica, recebeu o diagnóstico de glaucoma e já não enxergava mais com um dos olhos.

O glaucoma é uma doença crônica que não tem cura e é responsável pela maior causa de cegueira irreversível no mundo. O paciente com glaucoma inicialmente sofre a perda da visão periférica, porém conserva a visão central por tempo determinado. Estima-se que no mundo 60 milhões de pessoas apresentem alguma forma de glaucoma.

“É preciso alertar a população para procurar o oftalmologista e solicite o exame de fundo de olho e pressão intraocular. Quanto mais precoce descobrirmos o glaucoma, mais fácil será para estabilizarmos a doença e assim salvarmos milhões de pessoas da cegueira irreversível”, enfatiza o oftalmologista do Hospital Brigadeiro, Luiz Gonzaga Alexandre.

O tratamento inicial para o glaucoma conta com a aplicação diária e ininterrupta de colírios. Nos casos avançados, também existem tratamentos a laser e procedimentos cirúrgicos.

Procurar o oftalmologista uma vez por ano é a melhor maneira de se prevenir contra o glaucoma. Judith não descobriu a doença no início e precisou passar pela cirurgia. “Me recuperei porque a pressão do olho estava prejudicada”. Lindalva Miron trata o glaucoma há sete anos. “Faço uso de colírios e tenho me sentido bem”.