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Saúde alerta sobre vacinação contra febre amarela antes das férias

Com a chegada das férias de fim de ano, a Secretaria de Estado da Saúde reforça o alerta para que os paulistas ainda não imunizados se vacinem contra a febre amarela. A vacina deve ser tomada com dez dias de antecedência para garantir proteção efetiva.

“A imunização é a principal forma de prevenção contra a doença. O período atual é pré-sazonal, e a sazonalidade da doença vai de dezembro a maio. Por isso, é importante que as pessoas ainda não vacinadas procurem os serviços de saúde”, afirma a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica, Regiane de Paula.

Todo o território paulista tem recomendação da vacina, atualmente. A dose integral da vacina protege para toda a vida. Nos últimos doze anos, mais de 22 milhões de pessoas foram imunizadas contra a febre amarela em SP.

Em 2018, até 3 de dezembro, houve 503 casos de febre amarela silvestre confirmados no Estado e 176 deles evoluíram para óbitos. As cidades de Mairiporã e Atibaia  respondem por 39,7% dos casos de febre amarela silvestre no Estado, e têm ações de vacinação em curso desde 2017. No período, também houve confirmação do vírus em 259 macacos. Nesta semana, o Instituto Adolfo Lutz confirmou o vírus num macaco encontrado morto próximo ao Balneário Municipal de Águas de Lindoia.

Balanços

Em 2018, até 23 de outubro, houve 502 casos autóctones de febre amarela silvestre confirmados no Estado e 175 deles evoluíram para óbitos. Do total, 30,2% das infecções por febre amarela foram contraídas em Mairiporã e 9,5% em Atibaia. Essas duas cidades respondem por 39,7% dos casos de febre amarela silvestre no Estado, e já têm ações de vacinação em curso desde 2017.

“Nós estamos fazendo o acompanhamento da febre amarela desde o surgimento do primeiro caso, há 20 meses. Nós precisamos atender às pessoas que vivem em regiões onde a doença é uma ameaça”, comenta o infectologista Marcos Boulos, sobre a característica da doença, que não chega e vai embora de um dia para o outro.

“A vacinação é a principal forma de proteger a população contra a febre amarela. Por isso, é imprescindível que todas as pessoas que moram no local compareçam aos postos de saúde”, completa o secretário Marco Antonio Zago.

Entre o total de casos, 14 ocorreram no Litoral Norte, dos quais 5 evoluíram para óbito – São Sebastião (3 casos com 2 óbitos) e Ubatuba (11 casos com 3 óbitos). Na Baixada, foram 4 casos e 3 óbitos – Guarujá (1 caso com 1 óbito), Itanhaém (1 caso com 1 óbito) e Peruíbe (3 casos com 1 óbito).

Com relação às epizootias, neste ano, 257 macacos tiveram confirmação da doença. A região com maior concentração é a Grande São Paulo, com cerca de metade dos casos. Desse total, 2 casos envolvendo macacos ocorreram na Baixada Santista, e 33 casos ocorreram na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte.