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Saúde convoca para vacinação contra sarampo e febre amarela no pré-Carnaval

A Secretaria de Estado da Saúde está convocando todos os paulistas que ainda não estão imunizados contra o sarampo e a febre amarela a se vacinarem antes do feriado de Carnaval. As duas vacinas estão disponíveis na rotina dos postos da rede pública de saúde. Os detalhes de quem pode e deve tomar a dose podem ser conferidos a seguir:

Sarampo

O sarampo é transmitido por aerossol, ou seja, gotículas se disseminam no ar. Por isso, os foliões que vão aproveitar as festas do feriado precisam estar protegidos.

Na última segunda-feira (10) começou a primeira etapa campanha de vacinação contra sarampo de 2020, em parceria com o Ministério da Saúde e municípios. O foco são os jovens de 5 a 19 anos que ainda não receberam as doses da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).  Até o dia 13 de março, essa faixa etária pode procurar qualquer posto de vacinação do Estado. No sábado (15), haverá o “Dia D”, quando as unidades de saúde estarão abertas para facilitar o acesso. É importante estar munido de sua carteira de vacinação, para que um profissional verifique a necessidade de aplicação.

Além da campanha, o calendário nacional de vacinação prevê a aplicação da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) para crianças com 12 meses, seguida de um reforço aos 15 meses. Os bebês com 6 meses devem receber a chamada “dose zero”, que não é contabilizada no calendário. Todas as pessoas com idade inferior a 60 anos precisam ter duas doses da vacinação e, por isso, também podem procurar um posto e se imunizar.

“Contamos com a ajuda de todos na prevenção contra o sarampo. É de extrema importância manter a carteira de vacinação atualizada. Sugerimos aos jovens e aos pais e responsáveis pelas crianças que procurem um posto neste ‘Dia D’ e garantam a proteção contra a doença” afirma a diretoria de Imunização, Núbia Araújo.

A vacina é contraindicada para bebês com menos de 6 meses. A recomendação para os pais e responsáveis por crianças nessa faixa etária é evitar exposição a aglomerações, manter higienização adequada, ventilação adequada de ambientes, e sobretudo que procurem imediatamente um serviço de saúde diante de qualquer sintoma da doença, como manchas vermelhas pelo corpo, febre, coriza, conjuntivite, manchas brancas na mucosa bucal. Somente um profissional de saúde poderá avaliar e dar as recomendações necessárias.

Febre Amarela

A vacina contra febre amarela leva dez dias para garantir proteção efetiva e é fundamental para toda a população de SP, especialmente para pessoas que vão viajar para áreas verdes no Carnaval, por exemplo. Assim, quem não estiver com a vacina em dia e vai viajar no feriado, precisa procurar um posto até este sábado (15), preferencialmente.

A vacina contra febre amarela está disponível para pessoas a partir de 9 meses. A dose pode ser aplica simultaneamente com a tríplice viral a partir de 2 anos de idade. Em crianças com idade inferior, será priorizada a vacina contra o sarampo e agendada a aplicação contra febre amarela para quatro semanas depois.

A diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato, destaca a importância da vacina. “A imunização é a principal forma de proteger a população contra a febre amarela. Por isso, é imprescindível que todas as pessoas ainda não imunizadas aproveitem essa campanha e tomem a vacina”, disse. 

Devem consultar o médico sobre a necessidade da vacina contra febre amarela os portadores de HIV positivo, pacientes com tratamento quimioterápico concluído e transplantados. Não há indicação de imunização para grávidas, mulheres amamentando, crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticóides em doses elevadas (como por exemplo Lúpus e Artrite Reumatoide) e alérgicos a ovo.

O de vírus que circula atualmente em SP é silvestre, transmitidos pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes. Não há relação com o Aedes aegypti, nem casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.

Coronavírus

O vírus é transmitido a partir do contato com gotículas de um caso suspeito ou confirmado. Até o momento, não há caso confirmado de coronavírus nem em São Paulo, nem no Brasil. Conforme regras nacionais e internacionais, os casos suspeitos notificados ficam sob monitoramento em SP, em isolamento domiciliar ou hospitalar, se necessário.

Entre as principais dicas para a prevenção estão: cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar; utilizar lenço descartável para higiene nasal; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; não compartilhar objetos de uso pessoal; limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado; lavar as mãos por pelo menos 20 segundos com água e sabão ou usar antisséptico de mãos à base de álcool; deslocamentos não devem ser realizados enquanto a pessoa estiver doente; quem for viajar aos locais com circulação do vírus deve evitar contato com pessoas doentes, animais (vivos ou mortos), e a circulação em mercados de animais e seus produtos.

É fundamental procurar o serviço de saúde mais próximo se a pessoa apresentar sintomas como febre, dificuldade para respirar, tosse ou coriza, associados aos seguintes aspectos epidemiológicos: histórico de viagem em área com circulação do vírus, contato próximo caso suspeito ou confirmado laboratorialmente para coronavírus.