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SP distribui preservativos e oferece teste rápido

Ações fazem parte da Semana da Parada LGBT; além de entregar 15 mil preservativos, Estado realizará 400 testes anti-HIV

 

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo distribuirá 15 mil preservativos durante a Semana da Parada LGBT na Capital. Serão oferecidos 400 testes anti-HIV e para a detecção de sífilis, além da distribuição de oito mil sachês de gel lubrificante e oito mil folders de incentivo ao diagnóstico das doenças. A ação, organizada pelo Centro de Referência e Treinamentos DST/Aids-SP, tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da detecção precoce de doenças sexualmente transmissíveis.

As ações serão realizadas na segunda-feira, 27 de maio, das 9h às 17h, na Casa das Rosas (Avenida Paulista, 37). Os testes oferecidos são rápidos e os resultados são obtidos no mesmo dia. A metodologia é simples, rápida e indolor, realizada com privacidade e sigilo.

Dados da vigilância epidemiológica do Estado indicam que 50% dos óbitos ocasionados pela Aids estão relacionados ao diagnóstico tardio da infecção. Todos os dias, oito pessoas morrem em decorrência da Aids no Estado.

“É fundamental que as pessoas com vida sexual ativa façam o teste”, recomenda Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual DST/Aids-SP.

Na quinta-feira, 30 de maio, a ação ocorrerá no Vale do Anhangabaú, a partir das 10h, durante a Feira da Diversidade. No local, serão distribuídos materiais informativos incentivando a testagem precoce, sachês de gel lubrificante e preservativos.

 

Contaminação

 

A epidemia de Aids no Estado de São Paulo, que completa 30 anos em 2013, fez 189.392 vítimas com 13 anos de idade ou mais, notificados no sistema da vigilância epidemiológica. Os principais grupos expostos ao HIV foram: a transmissão heterossexual, com 43% do total de casos, homens que fazem sexo com homens com 20%, e uso de drogas injetáveis, com 21%.

Entre o sexo masculino, o CRT observou um aumento de 16% no número de casos entre homens que fazem sexo com homens, quando comparados os anos 2007 e 2010, passando de 1.270 para 1.474 casos, respectivamente. No período de 2006 a 2011, os jovens, na faixa etária de 20 a 24 anos, apresentaram aumento de 79% no número de casos de Aids notificados no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), passando de 119 para 213 casos.

Embora a epidemia de Aids tenha mudado o perfil nas últimas décadas, ainda há uma forte presença dos homens que fazem sexo com homens na totalidade dos casos notificados. Semelhante ao restante do país, a epidemia no Estado é caracterizada como “concentrada”, ou seja, mantém uma prevalência de HIV/Aids menor que 1% na população geral e alta em alguns segmentos populacionais, a exemplo dos usuários de drogas injetáveis e profissionais do sexo.

“Neste contexto, enfatizamos a importância do diagnóstico precoce e convidamos a população que participará dos eventos da Semana da Parada LGBT a realizar o teste gratuito anti-HIV”,  explica Maria Clara.