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SP firma parceria com Embaixada britânica para inovação em saúde

Fundo britânico investirá R$ 1,8 milhão de reais no projeto “São Paulo: Open Innovation in Health”; iniciativa auxiliará a incorporar, na área da saúde pública, os novos conhecimentos desenvolvidos por sete centros de pesquisa vinculados à Secretaria de Estado da Saúde

As Secretarias de Estado da Saúde e de Governo de São Paulo lançam na segunda-feira, 13 de junho, o projeto “São Paulo: Open Innovation in Health”. Realizada em parceria com a Embaixada do Reino Unido, a iniciativa denominada ‘inovação aberta em saúde’ visa agilizar a incorporação de avanços científicos em produtos e serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O projeto, vigente até março de 2017, será focado nos Institutos de Pesquisa em Saúde do Estado de São Paulo – Adolfo Lutz, Instituto Butantan, Dante Pazzanese de Cardiologia, Lauro de Souza Lima, Instituto Pasteur, Instituto de Saúde e a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen). Eles poderão desenvolver e trocar conhecimento com outras organizações, através de parcerias colaborativas. Assim, os envolvidos poderão alinhar estudos com necessidades emergentes, bem como desenvolver novos produtos e serviços que contribuam para a qualidade de vida da população.

O investimento total é de £ 308.071 (libras esterlinas, moeda oficial do Reino Unido), equivalente a cerca de R$ 1,8 milhão. O recurso é proveniente do Foreign & Commonwealth Office (FCO) – departamento ministerial do exterior e da Comunidade das Nações (antiga “Comunidade Britânica”) –, que financiará o projeto por meio do Prosperity Fund, fundo britânico que incentiva o desenvolvimento global.

O Governo do Estado de São Paulo participa por meio de suas estruturas e profissionais, estimada em R$ 900 mil reais de contrapartida. Além das Secretarias de Governo e de Saúde, integram o projeto a Casa Civil, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI).

Os recursos são repassados a instituições que atuarão como “agentes implementadores”. As agentes paulistas serão as Fundações Instituto de Administração (FIA) e Vanzolini, entidades privadas, sem fins lucrativos, vinculadas às Escolas Politécnica e de Administração da Universidade de São Paulo (USP). A implementadora britânica é a fundação Nesta, com participação da agência global 100% Open; ambas são entidades sem fins lucrativos, voltadas à inovação e sediadas em Londres. Colaboram, ainda, a Embaixada e o Consulado do Reino Unido no Brasil.

Esse processo de compartilhamento contará com a expertise britânica em pesquisas e oficinas, com a finalidade de traçar alternativas adequadas ao perfil do Estado de São Paulo. Modelos técnicos, jurídicos e organizacionais serão desenvolvidos e testados em um piloto, cujos resultados contribuirão para o emprego da inovação aberta para além do ramo da Saúde, ampliando o potencial inovador no âmbito do Governo de SP.

No Reino Unido, a pesquisa em saúde ocorre de forma integrada, em rede, e congrega institutos de pesquisa, empresas e investidores em âmbito internacional. Os projetos se alinham à demanda e geram negócios para sua incorporação a produtos e serviços, com a criação organizações que recebem investimentos de origens diversas.

“A excelência da produção científica dos Institutos de Pesquisa em Saúde do Estado de São Paulo é reconhecida mundialmente e, com a chamada ‘inovação aberta’, poderemos explorar ainda mais o potencial desses centros de conhecimento. Contar com a expertise do Reino Unido para a transformação da produção científica em novas tecnologias evidencia e fortalece nosso compromisso com a inovação e com a melhoria contínua dos serviços de saúde”, afirma David Uip, secretário de Estado da Saúde.