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SP lança guia de inovação aberta na área da saúde

Nesta terça-feira, 19 de junho, o Governo do Estado lança o Guia de Inovação Aberta em Saúde, resultado de um trabalho intersecretarial no âmbito estadual, em parceria com o Reino Unido. Inédita, a obra tem o objetivo incentivar a produção e a prática de novas tecnologias voltadas à saúde pública.

O guia explora exemplos mundiais de inovação aberta na área da saúde, e analisa como governos, empresas, pesquisadores e sociedade civil contribuem para medidas inovadoras, passando desde a identificação de necessidades à criação de novos produtos e serviços de forma colaborativa. A finalidade é auxiliar formuladores de políticas públicas e tomadores de decisão a encontrar formas de aprimorar a inovação em Saúde.

“O Guia de Inovação Aberta visa auxiliar os gestores públicos e privados a expandir ainda mais suas possibilidades. Esperamos que, com esse material, a produção, pesquisa e inovação aberta democratizem os avanços e permitam que um número maior de pessoas tenha voz na definição de prioridades”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Marco Antonio Zago.

O lançamento ocorre às 14h, no Auditório Luis Musolino, da Secretaria de Estado da Saúde. O endereço é Avenida Doutor Arnaldo, 351, bairro Cerqueira César, zona Oeste da capital.

A obra foi desenvolvida como parte do projeto colaborativo “São Paulo: Inovação Aberta em Saúde”, financiado pelo Prosperity Fund, do Governo do Reino Unido, e pelo Governo de São Paulo, e implementado pelas organizações parceiras Nesta e 100% Open, ambas britânicas; e pelas nacionais Fundação Carlos Alberto Vanzolini (FCA) e Fundação Instituto de Administração (FIA).

Por meio desse projeto colaborativo, os Governos paulista e britânico e instituições parceiras do projeto (mais informações abaixo) atuaram juntos para implantar dois pilotos de inovação aberta no Estado de São Paulo, desenvolvidos no Instituto Adolfo Lutz, laboratório de referência nacional em saúde pública (veja mais informações abaixo).

Inovação aberta na prática

No Estado de São Paulo, dois pilotos foram desenvolvidos no Instituto Adolfo Lutz, que figura entre as instituições de pesquisa vinculadas à Secretaria de Estado da Saúde.

O primeiro piloto consistiu em um programa de aceleração de tecnologias, que resultou em cinco ideias, entre as quais se destacam um aplicativo para apoiar o mapeamento de focos de Aedes aegypti, e um novo método de diagnóstico de HTLV (vírus T-linfotrópico humano), da mesma família do HIV (vírus da imunodeficiência humana). As tecnologias já receberam manifestações de interesse por empresas privadas para licenciar os projetos.

Já o segundo projeto lançou um desafio às empresas e pesquisadores externos para desenvolver um novo teste diagnóstico de tuberculose, com eficiência técnica e econômica, que garanta melhor resposta ao controle da doença. O projeto vem sendo desenvolvido pela empresa ganhadora do chamamento público e pelo Instituto Adolfo Lutz, referência no diagnóstico laboratorial de tuberculose.

Além do Lutz, o Estado de São Paulo conta com outras seis entidades de pesquisa: os institutos Pasteur, Lauro de Souza Lima, Butantan, Dante Pazzanese, a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) e o Instituto de Saúde. Todas possuem Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) para atuar com políticas de inovação.

“A publicação desse guia demonstra uma contínua consolidação dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs), que promovem soluções para a saúde”, afirma Sergio Miller, coordenador da CCTIES (Coordenadoria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos de Saúde), da Secretaria.

Política de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde

No evento, também será lançada a Política de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. O documento, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde desde 2014, tem o objetivo de dar respostas às necessidades do SUS de São Paulo e melhorar as condições de saúde da população, por meio da produção de conhecimento e inovação de tecnologias e processos.

O conteúdo foi elaborado por meio de um processo participativo, envolvendo o Conselho Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secretaria, que conta com a participação de coordenadorias da pasta, institutos de pesquisa, representantes de universidades, setor produtivo e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo.