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SP lança projeto de pesquisa para testar fosfoetanolamina sintética

Objetivo do estudo clínico é avaliar a segurança e eficácia da substância em pacientes com câncer

O Estado de São Paulo anuncia nesta quinta-feira (17), às 10 horas, um projeto de pesquisa clínica para avaliar a segurança e a possível eficácia da substância fosfoetanolamina sintética no tratamento de pacientes com câncer em estágios avançados. O lançamento acontece no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), um dos maiores centros de oncologia da América Latina e que será o responsável por coordenar a pesquisa. O investimento total deverá ser de aproximadamente R$ 2 milhões.

Todos os pacientes serão monitorados continuamente por uma equipe multiprofissional com larga experiência em testes clínicos, no Icesp. A produção da substância ficará sob responsabilidade da Fundação para o Remédio Popular (Furp).

O estudo prevê uma primeira fase, em que serão avaliados 10 pacientes para determinar a segurança da dose que vem sendo utilizada na comunidade. Após essa primeira etapa, caso a droga não apresente efeitos colaterais graves, a pesquisa prosseguirá.

No estágio 1, está previsto a inclusão de mais 21 pacientes para cada um dos 10 grupos (tipos) de tumor: cabeça e pescoço, pulmão, mama, cólon e reto (intestino), colo uterino, próstata, melanoma, pâncreas, estômago e fígado. Os candidatos passarão por triagem e deverão preencher os critérios de elegibilidade para determinar a segurança da droga. Se observados sinais de atividade da substância nessa fase, o estágio 2 se iniciará com mais 20 participantes em cada grupo.

Progressivamente, desde que se comprove atividade relevante, a inclusão de novos pacientes continuará até atingir o máximo total de 1000 pessoas (100 para cada tipo de câncer). A estratégia adotada permitirá melhor compreensão da droga.

“O projeto de pesquisa clínica foi desenhado sob a ótica de especialistas de alto conhecimento técnico. Nossa prioridade é a segurança dos pacientes, por isso, nesse primeiro momento, vamos avaliar, com grande responsabilidade, se a droga é segura e se há evidência de atividade. É um processo extenso, que deve ser acompanhado com cautela”, destaca o oncologista Paulo Hoff, diretor-geral do Icesp.

A Secretaria de Estado da Saúde e o Icesp vão apresentar, no inicio do ano, a forma de seleção dos pacientes que farão parte da pesquisa.