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SP passa a rastrear câncer de mama entre detentas

Carreta-móvel do programa ‘Mulheres de Peito’, equipada com mamógrafo, passará por unidades prisionais na capital e interior para atender presidiárias a partir dos 50 anos sem necessidade de pedido médico

 

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo decidiu levar o seu programa “Mulheres de Peito”, de rastreamento do câncer de mama, para as unidades prisionais paulistas, ampliando o acesso das detentas do Estado ao exame de mamografia.

Para isso, uma das quatro carretas-móveis da pasta equipada com mamógrafo começou a percorrer os presídios femininos localizados tanto na região metropolitana quanto em municípios do interior. A previsão é de que o serviço itinerante atenda aproximadamente três mil mulheres.

O veículo, que oferece exames de mamografias grátis sem necessidade de pedido médico para mulheres entre 50 e 69 anos de idade, já passou por quatro unidades prisionais na Capital que ficam nos bairros do Butantan, Carandiru, Santana e São Miguel Paulista.

Também poderão ser submetidas ao exame de mamografia as mulheres presidiárias com menos de 50 anos de idade, desde que tenham recebido um pedido médico emitido após uma consulta ou outro atendimento hospitalar.

Já foram realizados pelo programa 763 exames de mamografia, 76 ultrassonografias e 13 biópsias em detentas. Desse total, 15 mulheres precisaram ser encaminhadas para um serviço hospitalar de referência para dar inicio ao tratamento médico. No caso das mulheres que estão presas em unidades da capital, o serviço de referência é o hospital estadual Pérola Byington.

Assim como nas unidades da capital, a carreta vai chegar até outros 13 presídios de diferentes regiões do Estado como Franco da Rocha, Campinas, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Araraquara, Tremembé e São José dos Campos.

Além de estrutura completa para a realização dos exames, que inclui aparelhos de mamógrafo, ultrassom, conversor de imagens analógicas em digitais e antenas de satélite, as mulheres são atendidas por uma equipe multidisciplinar composta por técnicos em radiologia, profissionais de enfermagem e um médico ultrassonografista.

As imagens captadas pelos mamógrafos serão encaminhadas para o Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (Sedi), serviço da Secretaria que emite laudos à distância, na capital paulista. O resultado sairá em até 48 horas após a realização do procedimento.

“O diagnóstico precoce do câncer de mama é fundamental para reduzir a mortalidade pela doença. Quando mais cedo a lesão é detectada, maiores são as chances de sucesso no tratamento”, afirma David Uip, secretário de Estado da Saúde.