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Sucen auxilia municípios no combate ao mosquito da dengue

Os agentes da Sucen auxiliam os municípios nas ações de nebulização para matar o mosquito em fase adulta e eliminação dos criadouros de dengue nas residências. “A utilização de produtos químicos não é suficiente para o controle do mosquito. Para evitar a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya, é fundamental eliminar focos e criadouros”, explica O especialista Dalton Pereira da Fonseca Jr., superintendente da Sucen – Superintendência de Controle de Endemias.

A Superintendência de Controle de Endemias do Estado de São Paulo é responsável pelo controle das questões sanitárias que atingem de forma endêmica a população do Estado de São Paulo. Controle de dengue e de febre amarela, controle de malária, controle de doença de chagas, controle de leishmaniose e controle de esquistossomose.

Durante o inverno é preciso manter os cuidados com o mosquito.  Além da dengue, existe o temor pela zika e chikungunya. O orquidófilo Domingos Astrini tem um criadouro de orquídeas e toma muito cuidado para evitar que o mosquito se prolifere. “Procuro mantê-las num ambiente médio de humidade e hidratação, deixo as plantas em cima de telas, não utilizo pratinhos para não acumular água e tornar o ambiente um criadouro do mosquito”, explica.

Uma pesquisa do Instituto Butantan, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e um dos maiores centros de pesquisa biomédicas do mundo, constatou que o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, possui patrimônio genético muito grande e variável mesmo no inverno, época de baixa incidência do inseto.

Por meio de armadilhas, foram coletados os ovos, pupas e larvas do animal em seis áreas distintas. O estudo utilizou o total de 150 fêmeas para o seu desenvolvimento e avaliou as variações genética e morfológica do mosquito, além de ter levado em consideração as questões demográficas de dispersão e evolutivas destes insetos em áreas urbanas.

“Percebemos que o patrimônio genético do mosquito é bem rico e dinâmico, ou seja, a espécie tem grande potencial para sofrer alterações. Isso sugere que eles são muito versáteis em explorar novos ambientes e, possivelmente, contornar as nossas tentativas de eliminá-los”, destaca Lincoln Suesdek, pesquisador do Laboratório de Parasitologia do Instituto Butantan e coordenador da pesquisa.

Os casos de dengue têm caído ano a ano em São Paulo, como resultado da mobilização de agentes estaduais e municipais no combate ao Aedes aegypti, por meio de mutirões, além da colaboração da sociedade civil na eliminação de potenciais criadouros.

“Contamos com a colaboração do poder público e da sociedade civil. Não podemos dar trégua ao mosquito.”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Marco Antônio Zago.