Personagens são usados como recursos lúdicos por equipe de enfermagem para explicar aspectos da doença e do tratamento às crianças e à família
O Hospital Infantil Darcy Vargas, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em parceria com o Instituto Cultural Maurício de Sousa, acabam de implantar o “Projeto Dodói”, criado pela Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale).
O projeto consiste na utilização, por meio da equipe de enfermagem, dos personagens de Maurício de Sousa, Mônica e Cebolinha, como recursos lúdicos para ajudar crianças com câncer (leucemia e linfoma) do Hospital Infantil.
As crianças recebem o kit contendo um boneco que pode ser a Mônica ou o Cebolinha, de acordo com a escolha delas; um gibi com três histórias sobre doação de medula óssea, leucemia e linfoma, com a introdução de uma nova personagem da Turma da Mônica, a Maria, criada por Maurício de Sousa especialmente para o Projeto Dodói” –, que é portadora de leucemia; uma revista de atividades com jogos de erros, palavras cruzadas, figuras para colorir, enigma, labirinto focados no tema; jogo de memória e de trilha; cartões de sensações e sentimentos como calor/frio e medo/segurança para facilitar a comunicação entre o paciente e a equipe, e a escala de dor para facilitar a compreensão da intensidade da dor.
“Isto ajuda o paciente e a família a enfrentar a doença com mais segurança e facilita o trabalho dos profissionais de saúde”, afirma a enfermeira Julieta Maria Ferreira Chacon.
Como as crianças com câncer tomam muitas medicações e passam por vários exames diariamente, os enfermeiros do hospital, em parceria com os médicos, iniciaram também um trabalho de implantação de cateter guiado por ultrassom, por onde é inserida medicação, usando os recursos lúdicos do kit Dodói: a criança acompanha a aplicação do cateter no boneco e recebe todas as orientações de como será conduzida a medicação em seu organismo, bem como os benefícios que irá trazer para sua saúde
O cateter é um dispositivo que é inserido na veia do braço e vai até o coração.
“A inserção do cateter traz benefícios ao paciente e à família porque tira o desconforto do medo, da dor e humaniza o tratamento, avalia a enfermeira.