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Uso de preservativo é a melhor prevenção contra o vírus do HIV

A procura por preservativos tende a aumentar no Dia dos Namorados. Mas que tal espalhar essa ideia durante o ano todo? Muitas pessoas optam por manter relações sexuais sem o uso de preservativo. Um exemplo disso é a pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde e publicada na revista internacional “Medicine”, na qual indica que em São Paulo, 1 a cada 4 homens que transam com homens têm HIV. A partir desse dado preocupante, a Secretaria de Saúde alerta a população sobre a importância de usar preservativo durante qualquer relação sexual.

Transmitida pelo HIV, a Aids é uma doença infecciosa desenvolvida por quem contraiu o vírus. De acordo com o médico infectologista, Ralcyon Teixeira, do Instituto Emílio Ribas, o vírus está presente principalmente no sangue e em algumas secreções do corpo, como o esperma, a secreção vaginal, o líquido que banha o bebê durante gestação e o líquido que banha o cérebro.

“Se a pessoa tiver contato com uma dessas secreções ou com o sangue contaminado e perfurando, porque na pele integra não passa HIV, ela pode se contaminar. Por outro lado, não há vírus na saliva, na urina, nas fezes e na lágrima,” explicou.

“Um dos motivos de ter aumentado o número de pessoas infectadas com o vírus do HIV/Aids é o hábito de não usar camisinha.” O alerta é do infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Jean Gorinchteyn.

Com o objetivo de diminuir os índices, a Secretaria de Saúde mantém uma série de ações educativas. Entretanto, os mais jovens têm deixado de usar o preservativo durante as relações sexuais. Veja as recomendações:

Assim pega
– Sexo vaginal sem camisinha;
– Sexo anal sem camisinha;
– Sexo oral sem camisinha;
– Uso de seringa por mais de uma pessoa;
– Transfusão de sangue contaminado;
– Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
– Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

Assim não pega
– Sexo desde que se use corretamente a camisinha;
– Masturbação a dois;
– Beijo no rosto ou na boca;
– Suor e lágrima;
– Picada de inseto;
– Aperto de mão ou abraço;
– Sabonete/toalha/lençóis;
– Talheres/copos;
– Assento de ônibus;
– Piscina;
– Banheiro;
– Doação de sangue;
– Pelo ar.

Autoteste

A ONG “A Hora é Agora” incentiva o público em risco a realizar o autoteste, um novo teste de triagem para HIV, com orientação online. Nele o procedimento é feito e interpretado, de maneira simples e rápida, pela própria pessoa, na hora e lugar que desejar, sem a necessidade de um laboratório nem de um profissional da saúde.

Esse autoteste é feito por coleta na boca, sem dor e complicações. Sua função é detectar os anticorpos anti-HIV presentes no fluido oral. A facilidade, segurança e eficiência em sua realização permitem que, com o procedimento, seja possível ampliar a cobertura de testagem para HIV, principalmente àqueles que não têm acesso fácil para exames convencionais.

Por isso a importância de espalhar a notícia de que um exame tão fácil já pode ser realizado, afinal, quanto mais prematuramente for descoberto o vírus, maiores as chances de combater a Aids, como frisa a Dra. Maria Clara Gianna, diretora técnica do Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.

“Se a pessoa identificar o vírus no momento adequado, vai ser mais simples o tratamento da Aids, e os medicamentos terão efeito maior”, esclarece.

Por meio do site http://www.ahoraeagora.org, o paciente tem todas as informações a respeito do autoteste. Por exemplo, que esses anticorpos geralmente passam a ser detectados 25 a 30 dias após a infecção pelo vírus, isto é, algumas pessoas podem estar infectadas pelo HIV e ter um autoteste com resultado ainda não reagente/negativo.As pessoas produzem anticorpos em prazos diferentes e algumas podem levar até 90 dias para terem anticorpos detectáveis. Depois desse período o autoteste é bastante eficiente na identificação de pessoas que vivem com HIV.